Portas Abertas • 31 dez 2019
Após ver um filme na escola, Islèm se interessou pelo cristianismo
Ser cristã ex-muçulmana no Norte da África não é tarefa fácil. Ainda mais em um país onde o islamismo é predominante. Na cultura local, as mulheres não podem sair sozinhas, dificultando assim o encontro com outros cristãos. Islèm* é uma jovem de 22 anos que segue a Cristo em segredo desde novembro de 2013. Ela nunca havia cogitado mudar a fé. “Foi uma surpresa para mim. Eu nunca tinha pensado antes em me tornar cristã ou filha de Deus”, confessa.
A jovem foi ensinada de que os cristãos são pessoas que moram no exterior, em países como Estados Unidos, França e Itália. Acreditava que os seguidores de Jesus tinham aval para fazer todos os tipos de coisas ruins, e que a Bíblia não era exata, porque tinha sido escrita por humanos e não por Deus. Porém, quando estava na escola primária, assistiu um filme onde uma mulher aparecia sempre orando a Deus; ela pedia muitas coisas e agradecia por outras também. "Isso foi um pouco estranho para mim, porque no islã sempre pedimos a Deus que nos desse algo, mas nunca pensamos em agradecer a ele por alguma coisa”, compara. Naquela mesma noite, Islèm resolveu fazer o mesmo, pois estava preocupada.
O passo seguinte foi procurar, no Facebook e Youtube, pessoas que estivessem explicando mais sobre Cristo. “Eu tentei descobrir quem era Jesus. Eu queria saber por que aquela mulher estava orando e agradecendo. Quem era Jesus na verdade? Eu não fiquei satisfeita com o que encontrei, mas desisti de minha pesquisa depois de cerca de um mês”, conta. Islèm tentou conversar com amigos cristãos da Síria, mas ao falar um pouco sobre o Alcorão, perdeu o contato com os colegas. “Para dizer a verdade, naquela época pensei que não havia cristãos no Norte da África. Eu pensei que era a primeira pessoa que poderia se tornar cristã na região.” (Essa história continua).
*Nome alterado por segurança.
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