Portas Abertas • 14 mai 2020
Leah Sharibu foi sequestrada em 2018 e se tornou símbolo da luta em casos de sequestro de cristãs pelo Boko Haram
Hoje Leah Sharibu completa 17 anos. A cristã foi uma das 112 meninas sequestradas pelo Boko Haram, enquanto estava no internato na cidade de Dapchi, estado de Yobe, Nigéria. Apesar das colegas da adolescente serem libertadas após um mês de cativeiro, a garota de 14 anos, na época, foi mantida presa por se recusar a negar a fé em Jesus e se converter ao islamismo.
O caso de Leah atraiu atenção da mídia internacional e o presidente Muhammadu Buhari se comprometeu a negociar a libertação da cristã com os extremistas islâmicos. Nos mais de dois anos de sumiço da jovem, a Portas Abertas esteve em contato com a família Sharibu para apoiar os pais dela, Nathan e Rebecca, e o irmão Donald. Uma das maneiras encontradas foi promover uma campanha de oração e envio de cartões com mensagens de encorajamento para os parentes da sequestrada.
Fé para esperar
Rebecca convive com a tensão de a filha ter sido abusada física, mental e sexualmente pelos radicais. E não se esqueceu do recado que Leah enviou quando ainda tinha um ano no cativeiro. “Mãe, não se preocupe. Eu sei que não é fácil, mas eu estou bem onde estou. O meu Deus, a quem oramos juntas, está se mostrando poderoso em meu momento de provação. Eu lembro de suas palavras em nosso tempo de devocional pela manhã, dizendo que Deus está perto dos que sofrem. Estou testemunhando isso agora. Tenho certeza de que um dia verei sua face novamente. Se não aqui, no seio de nosso Senhor Jesus”, disse Leah.
No início de 2020, a agência de notícias Sahara Reporters divulgou que a jovem cristã teria dado à luz a um menino e o pai dele seria um dos comandantes do Boko Haram. Outras informações afirmavam que Leah foi forçada a se converter ao islamismo e casa com um miliciano desconhecido. A porta-voz da família Sharibu completou: “Eu tenho visto relatos de que Leah teve um menino. O que mais desejamos é ter uma prova de vida, nós mesmos vermos ela. E se ela está viva, nós louvaremos a Deus por isso. Eles deveriam soltá-la, independentemente da situação em que esteja. Isso é tudo, não importa se ela está grávida ou com um bebê”.
Segundo a Fundação Cristã Hausa (HFCO, da sigla em inglês), entre 23 de março e 30 de abril de 2020, mais seis meninas cristãs e uma mulher casada foram sequestradas pelo Boko Haram. Elas também se converteram ao islamismo à força e casaram ilegalmente com radicais. Casos assim são cada vez mais comuns na Nigéria, país que ocupa a 12ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2020.
Pedidos de oração
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