Portas Abertas • 14 ago 2020
Durante o domínio japonês, os coreanos foram proibidos de manter os nomes tradicionais e falar a língua materna
Amanhã será a comemoração dos 75 anos de Libertação da Coreia do domínio japonês. O fato aconteceu após a vitória dos Aliados sobre o Japão, na Segunda Guerra Mundial. Desde 1905, os japoneses ocupavam a península e governavam o território com “mão de ferro”. Neste período, os elementos da cultura coreana foram fortemente combatidos. A população foi obrigada a adotar nomes japoneses, se converter à religião xintoísta e era proibida de falar a língua materna nas escolas e comércios.
Após a independência, a Coreia foi dividida em duas: ao norte do paralelo 38, tudo era tutelado pela União Soviética e o Sul estava sob a responsabilidade dos Estados Unidos. Até hoje, o comunismo impera na Coreia do Norte e o capitalismo na Coreia do Sul. Por isso, o cotidiano dos habitantes na península são contrastantes quando os assuntos envolvem política, economia e religião.
País mais perigoso para cristãos
Desde 2002, a Coreia do Norte lidera a Lista Mundial da Perseguição. Isso indica que a população cristã enfrenta níveis extremos de pressão, combinados com alto grau de violência. O cristianismo é visto como uma religião ocidental e todos que professam essa fé são uma ameaça ao regime, que deseja uma devoção da população. A ideologia-base norte-coreana prega que o homem é autossuficiente e que os líderes devem ser adorados, já que são considerados entidades poderosas que governam o país sem interferências externas.
As primeiras comunidades cristãs históricas surgiram antes da Guerra da Coreia, que teve fim em 1953. Os descendentes dos primeiros seguidores de Jesus na região foram banidos para vilarejos isolados. Porém, há os que conseguiram manter a fé em segredo e formaram a igreja clandestina. Boa parte dos convertidos são ex-comunistas que encontraram a Cristo na década de 1990, quando houve um período de grande fome no país. Outros se converteram enquanto fugiam para a China e eram acolhidos por cristãos. Logo, voltaram para compartilhar a salvação com os parentes que tinham ficado em território comunista.
Com a pandemia de COVID-19, a Coreia do Norte fechou as fronteiras e dificultou ainda mais as fugas de cristãos para a Coreia do Sul e China. Isso impediu que ajuda humanitária chegasse ao país em tempo hábil e deixou a população ainda mais vulnerável à fome e ao coronavírus. Apesar do governo comunista negar a presença da doença no território até julho, o ditador Kim Jong-un confirmou a investigação de um suposto caso, em que o infectado teria fugido do país e contraído a COVID-19 na Coreia do Sul.
Pedidos de oração
© 2024 Todos os direitos reservados