Líderes muçulmanos querem proteger minorias religiosas
De acordo com informações do veículo de comunicação NPR Parallels, líderes muçulmanos declararam que querem proteger as minorias religiosas em países onde os muçulmanos são maioria. A iniciativa pretende diminuir o extremismo islâmico que tem gerado muita violência. A ideia chamou a atenção de estudiosos, intelectuais e especialistas no assunto e gerou a possiblidade da criação de uma jurisprudência que terá como tema principal a cidadania. Com a presença de mais de 250 líderes muçulmanos religiosos e chefes de Estado, a declaração é vista como um instrumento fundamental para proteger as minorias religiosas no mundo muçulmano.
“”Essa jurisprudência provavelmente estará enraizada na tradição e nos princípios islâmicos para as mudanças globais. O tema deverá adentrar nas escolas muçulmanas e as autoridades certamente farão uma revisão da grade de ensino atual, para que os materiais que inspiram extremismo, violência e todo tipo de agressão sejam eliminados. É um bom sinal e um marco nas mudanças políticas, tanto no Marrocos como nos países envolvidos. Por outro lado, porém, devemos nos lembrar de que a natureza do islã é radical desde sua origem, e a declaração pode ser apenas um ‘desejo’ da parte daqueles que desfrutam dos privilégios das famílias dos governantes e das elites do mundo muçulmano””, comenta um dos analistas de perseguição.
Em 2014, o Marrocos estava na 44ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa. Em 2015, por pouco não entrou na classificação novamente, ficando em 51º lugar. O que não quer dizer que a perseguição lá não seja severa, mas que, em outros países, a perseguição foi mais violenta e com ocorrências evidentes de violência, tortura e morte de cristãos, além da depredação de prédios de igrejas, locais de culto, comércio e residências cristãs.
Em relação às intenções dos líderes muçulmanos, de proteger os cristãos, o analista explica que os grupos radicais como o Estado Islâmico (EI), por exemplo, rejeitam o papel e a autoridade moral da classe dominante no mundo muçulmano. “”A ideologia do EI rejeita inclusive o ‘Acordo de Marraquexe’, uma declaração multilateral que foi assinada na cidade, no Marrocos, em abril de 1994, e que determinou a criação da ‘Organização Mundial do Comércio’, estabelecendo tarifas, além de medidas sanitárias, temas de propriedade intelectual, aperfeiçoamento de métodos para resolver controvérsias, entre outros tratados. O Al-Qaeda e al-Shabaab também não se limitam à classe dominante do islã, por isso querem radicalizar até mesmo em países ocidentais. Em outras palavras, a declaração não é realista e nem a ideia dos líderes em proteger as minorias religiosas. Somente um milagre resolveria a situação atual dos cristãos perseguidos. É por isso que devemos permanecer na confiança que temos em Deus, o único capaz de realizar milagres entre nós””, conclui o analista.
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