Portas Abertas • 25 jan 2017
O ano de 2017 representa o vigésimo quinto da publicação da Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas, que foi e continua a ser a única pesquisa anual que classifica os cinquenta países mais difíceis para praticar a fé cristã.
O mundo viu grandes mudanças nos últimos 25 anos, e a unidade de pesquisa da Portas Abertas rastreou o impacto das mudanças. Neste período, vimos seis enormes mudanças que têm cada uma impactado na perseguição global dos cristãos, desde a queda do comunismo em quase todo o mundo a explosões de guerras civis por toda África, e outras tantas tragédias envolvendo as relações humanas e questões religiosas. Sem dúvida, o cristianismo é a religião mais perseguida no mundo. Hoje, existem cerca de 215 milhões de cristãos perseguidos, apenas nos 50 países que compõem a Lista Mundial da Perseguição.
As formas de perseguição pesquisadas e observadas pelos especialistas da Lista são variadas. Há cristãos sendo perseguidos em sua própria casa, em que não podem adorar a Deus ou ler a Bíblia, às vezes sequer ter uma. Muitos locais em países listados chegam a abusar fisicamente de cristãos, torturá-los ou até matá-los.
Os cristãos estão sendo mortos pela sua fé em mais países que antes. O triste número de cristãos mortos permanece em especial em países da África Subsaariana - uma zona de morte na última década. Mas no período de relato das pesquisas da Lista Mundial da Perseguição 2017, a violência mais abrangente registrada foi no Paquistão. Militantes islâmicos atacaram cristãos em um parque público no domingo de Páscoa, em Lahore, matando dezenas de pessoas, entre adultos e crianças. Bangladesh também experimentou um ano de ataques, o que surpreendeu um governo que se orgulhava de sua abordagem secular. Não só os cristãos ex-muçulmanos (que são rotineiramente alvos), mas também outros cristãos se viram vítimas da violência. Três cristãos foram mortos no Vietnã, onde existe uma enorme igreja entre as minorias tribais. Um cristão também foi morto no pequeno Laos por causa de sua fé. Na América Latina, onde grandes territórios são controlados pelos narcotraficantes ou pela guerrilha, enfrentar a corrupção pode ser fatal. Vinte e três líderes cristãos foram mortos no México e quatro na Colômbia. É raro ter um período de relato onde os assassinatos de cristãos foram mais dispersos geograficamente. Por ironia, houve menos relatos de que cristãos haviam sido mortos na Síria e no Iraque, já que a maioria já deixou o território quando o Estado Islâmico estabeleceu um califado em 2014.
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