Mais duas igrejas são fechadas na Argélia

Outras 25 igrejas receberam visitas de órgãos do governo sob o pretexto de checar itens de segurança do prédio

Portas Abertas • 19 mar 2018


A pressão do governo continua aumentando na Argélia (Foto representativa por razões de segurança)

A pressão do governo continua aumentando na Argélia (Foto representativa por razões de segurança)

No final de fevereiro, as autoridades da cidade de Oran, no noroeste da Argélia fecharam mais duas igrejas, aumentando a pressão sobre cristãos neste país do Norte da África. Uma das igrejas estava localizada no centro da cidade, enquanto a outra era no vilarejo Layayda, a 40km do centro de Oran. A notificação oficial afirmava que as igrejas não tinham aprovação do estado. Não é a primeira decisão desse tipo em Oran.

Em novembro de 2017, uma igreja também foi fechada em Aïn Turk (a 15km de Oran) sob a alegação de que estava imprimindo evangelhos e outras publicações com fins evangelísticos. Desde dezembro, do total de 45 igrejas afiliadas ao principal órgão da igreja protestante na Argélia (conhecido como EPA, da sigla em francês para Igreja Protestante da Argélia), 25 receberam a visita de oficiais do comitê do ministério de assuntos religiosos, da guarda nacional, do departamento de inteligência e dos bombeiros.

Igrejas oram e jejuam diante de aumento da pressão

As igrejas foram informadas de que as visitas tinham o objetivo de checar se estavam de acordo com os regulamentos de segurança e receberam três meses para legalizar tudo. Também foram aconselhadas a buscar permissão de funcionamento junto ao ministério de assuntos religiosos. Ainda em fevereiro, duas igrejas na cidade de Tizi Ouzou, na província de Cabília, foram ordenadas a “parar todas as atividades religiosas imediatamente”.

Os líderes do EPA disseram que esses fechamentos são injustificáveis e salientaram que todas as igrejas afetadas são afiliadas à EPA, que é oficialmente reconhecida pelo governo desde 1974. Por isso, eles convocaram uma semana de jejum e oração pela nação. A Aliança Evangélica Mundial também se manifestou, conclamando o governo a “assegurar que a liberdade de religião dos cristãos seja garantida de acordo com as leis internacionais”.

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