Portas Abertas • 27 dez 2017
O Mali receberá um reforço de cinco mil soldados de forças internacionais, financiado com a ajuda da União Europeia, Estados Unidos, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A força multinacional será formada por soldados do Mali, Níger, Burkina Fasso, Chade e Mauritânia – todos países africanos. O quartel general será na capital do Mali, Bamako, mas também será implantado no Níger e Burkina Faso. O líder cristão Edmond Dembele recebeu a notícia com entusiasmo diante da contínua situação de insegurança no país.
Para ele, havia a esperança que a situação melhorasse após o acordo de paz com a Argélia, assinado em junho de 2015. O que realmente aconteceu nos meses subsequentes à assinatura. Mas depois, com o passar do tempo, ataques voltaram a acontecer, principalmente no centro do país e, nos últimos meses, têm acontecido mais regularmente. Algumas semanas atrás, na região de Mopti, várias igrejas foram atacadas. Por isso a igreja decidiu dar sinal de alerta. De acordo com Dembele, os grupos por trás dos ataques estão ligados ao tráfico ilegal de drogas, armas, cigarros e de pessoas, e estão concentrados na região central do Mali. É dali que coordenam ataques também no Níger e Burkina Faso.
Segundo a agência de notícias Fides, o acordo de paz com a Argélia incluiu o grupo separatista tuaregue (que havia tomado o poder no norte do país em 2012) num acordo de paz. Os separatistas foram suplantados por jihadistas, que se tornaram uma ameaça para todo o país. Até que foram detidos pela intervenção das tropas francesas e chadianas, que reconquistaram o território perdido no norte. No entanto, grupos jihadistas ainda atuam no norte e estão cada vez mais presentes também no centro do país, como relatado acima.
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