Missionários são alvo de grupos criminosos no Haiti

Sequestros mostram que a perseguição aos líderes religiosos no país não é de hoje

Portas Abertas • 23 out 2021


Marcelo, missionário brasileiro que vive no Haiti, compartilha sobre a perseguição aos líderes religiosos no país

Marcelo, missionário brasileiro que vive no Haiti, compartilha sobre a perseguição aos líderes religiosos no país

No dia 16 de setembro, 16 missionários norte-americanos e um canadense foram sequestrados com as famílias no Haiti. Essa ação não foi algo isolado, mas revela o que há muito tempo acontece no Haiti — os seguidores de Jesus e líderes cristãos enfrentam perseguição vinda de grupos criminosos e extremistas no país. 

 
O líder cristão brasileiro Marcelo e a família vivem no Haiti e estavam indo fazer uma visita de rotina a uma mulher na capital do Haiti, Porto Príncipe, quando um grupo de homens armados os parou. O alvo principal dos agressores parecia ser o motorista de um caminhão, que eles queriam usar para bloquear a estrada. Eles olharam para o carro de Marcelo, mas continuaram caminhando em direção ao outro veículo. 

 
Marcelo é missionário e está há três anos no Haiti. Ele e a família ficaram aliviados por não terem sido o alvo. “Esses homens estavam fortemente armados, mas Deus nos salvou. Cristo nos protegeu em muitas outras situações semelhantes; não é incomum ver essas gangues cometendo todos os tipos de crimes”, contou o cristão. 

 

Um país à mercê de gangues violentas 

Dados divulgados pelo Centro de Análise e Pesquisa em Direitos Humanos mostram que pelo menos 628 sequestros ocorreram no Haiti este ano, um aumento de três vezes em relação ao ano passado; uma média de 2 sequestros por dia, até agora. E embora o recente sequestro de 16 missionários americanos e um canadense tenha atraído a atenção da mídia global, o fato é que os haitianos são sequestrados todos os dias. 

 
A presença generalizada dessas gangues criminosas está em toda parte e em números significativos. De acordo com o Serviço de Monitoramento da BBC, existem 162 gangues supostamente ativas no país, e o número de membros de gangues chega a 3.000. Além disso, estima-se que 20.000 haitianos fugiram de suas casas devido à violência das gangues. 

 
“Líderes da Igreja e missionários no Haiti vivem com medo porque somos alvo fácil. Normalmente não temos proteção e não carregamos armas. As gangues sabem disso e se aproveitam de nossa vulnerabilidade. Eles não se preocupam com o que fazemos para o bem de seu país. Eles querem expandir seu poder e, para isso, precisam do dinheiro, que recebem por meio dos sequestros. Mas continuamos cumprindo nossa missão porque temos fé em Deus”, finalizou o cristão. 

 
Pedidos de oração 

  • Clame pela situação dos líderes cristãos e fiéis no Haiti e peça para que Deus os guarde dos ataques de grupos criminosos e os mantenha firmes na fé. 
  • Interceda pelos membros das gangues, para que conheçam a palavra de Cristo e passem a testemunhar das boas obras do Senhor.  
  • Ore para Deus derramar sabedoria para os líderes do país administrarem os conflitos e a segurança do Haiti. 

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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