Portas Abertas • 9 jan 2020
O extremismo budista é um dos principais inimigos dos cristãos no Sri Lanka
Desde o dia 27 de dezembro, um vídeo tem causado polêmica no Youtube por mostrar o monge budista Ampitiye Sumanarathana Thera, do leste do Sri Lanka, ameaçando e batendo em um cristão durante o Natal. O extremismo budista é um dos principais problemas enfrentados pelos seguidores de Jesus no país.
O pastor Prassana* é um exemplo da intolerância religiosa. As atividades dominicais da comunidade que ele lidera em Matara foram interrompidas por uma multidão no início de 2019. Em 22 de dezembro, o líder cristão foi levado até a delegacia e aconselhado a repensar as festividades da igreja para o Natal. De acordo com as autoridades, os monges do vilarejo eram contra as festividades. No dia seguinte, 10 religiosos foram até a casa de Prassana para obrigá-lo a cancelar as comemorações do nascimento de Jesus. Mas ele respondeu: “Mesmo que vocês me matem, eu não vou parar os cultos de Natal. Eu realizo trabalhos nesta data há 12 anos”.
Os líderes budistas foram informados pela polícia de que a igreja tem autorização para funcionar, já que o local onde se reúnem está no nome da comunidade cristã e as pessoas que a frequentam residem no vilarejo. Em resposta, os radicais concordaram em não proibir os cultos natalinos, desde que as únicas pessoas que frequentassem a reunião fossem apenas os cristãos e não demais moradores da comunidade. Após as festividades, o pastor informou que 70 pessoas participaram do trabalho, entre elas algumas pessoas não cristãs da vila.
Outro pastor que foi proibido de celebrar o Natal com a igreja é Pushpa*, também do sul do Sri Lanka. Ele teve permissão para comemorar a data apenas com 25 pessoas em casa. Então, ao invés de fazer um grande evento, decidiu investir em um tempo de oração.
O período da celebração foi conturbado em boa parte da nação. Um colaborador da Portas Abertas contou que estão investigando quatro a cinco incidentes ocorridos na mesma época. Alguns envolvem a violência direta contra os cristãos. No mesmo mês, alguns policiais foram até uma igreja parceira com uma lista de comunidades cristãs da região. Os líderes precisaram responder se conheciam o trabalho de cada uma.
*Nomes alterados por segurança.
Pedidos de oração
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