Portas Abertas • 31 out 2018
Os pais das meninas sequestradas em Chibok ainda esperam por suas filhas
Jumai, de 35 anos, é de uma cidade perto de Chibok, na Nigéria, e foi sequestrada pelo Boko Haram junto com seus seis filhos em abril de 2014, na mesma época em que mais de 200 meninas foram sequestradas de uma escola secundária em Chibok. Segundo relatos, seu filho mais velho se uniu ao Boko Haram e organizou o escape de sua mãe e irmãos. Quando Jumai chegou à cidade e a notícia sobre seu escape se espalhou, os pais das meninas do Chibok correram para ver se ela tinha informação de suas filhas.
Ela lhes contou que 38 meninas são mantidas em um acampamento e 25, em outro. Jumai conseguiu identificar uma das meninas, Aisha, por causa de seu problema nos olhos e através de uma foto que os pais da menina lhe mostraram. O pai de Aisha, Lawal Zannah, contou à agência de notícias Reuters que Jumai disse que estava no mesmo acampamento que sua filha e outras cinco meninas. “Ela disse que minha filha estava sofrendo com um problema no olho e eu sabia que era verdade, pois o problema começou antes de ela ser sequestrada”. Outros pais ficaram frustrados por não ter notícias das filhas e choraram.
Meninas são mantidas em dois cativeiros em Camarões
Jumai falou com a Reuters por telefone e revelou que os militantes do Boko Haram não permitem liberdade de movimento para suas “esposas”. Ela disse que apenas uma das garotas, Dorcas Yakubu, que declarou em um vídeo de propaganda do Boko Haram que não quer voltar para casa, tem liberdade.
O presidente da Associação dos Pais das Meninas de Chibok, Yakubu Nkenke, disse à revista digital nigeriana Daily Trust que algumas outras mulheres que escaparam do cativeiro disseram que as meninas são mantidas em dois vilarejos no norte de Camarões, conforme publicado pela revista no dia 28 de outubro. “Sete meninas estão em Garin Magaji, enquanto outras 50 estão em Garin Mallam, onde vivem com seus maridos e filhos”, disse Nkenke. Ele apelou ao presidente Muhammadu Buhari para colaborar com o governo de Camarões para resgatar as garotas.
Após ouvir as notícias, os pais agora esperam que as autoridades do país tomem alguma medida. Os pais das seis garotas que estavam com Jumai disseram que agora estão apenas dependendo do governo do país. “Agora que confirmamos que nossas filhas estão vivas, imploramos que o governo tente resgatá-las”, disse Zannah, o pai de Aisha.
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