Portas Abertas • 10 mar 2017
No Irã, as mulheres estão desempenhando um papel importante nas igrejas clandestinas, apesar do risco que correm de ser presas e também rejeitadas por suas famílias. Através do relatório “Mulheres Reconstruindo o Futuro da Igreja”, descobriu-se que elas trabalham como evangelistas, professoras de Escola Dominical e até mesmo como líderes de igrejas domésticas. Há mais mulheres trabalhando pelo crescimento da igreja no Irã do que se imaginava, mesmo sendo elas tão rejeitadas socialmente por conta da lei iraniana.
Embora o cristianismo seja totalmente suprimido no país e seja ilegal a conversão a qualquer outra religião que não seja o islã, estima-se que há cerca de 800 mil cristãos secretos, a maioria vinda do islamismo. Destes, pelo menos 193 já foram presos por causa de sua nova fé. Azada*, que dirige uma das pequenas igrejas no Irã, disse que vê mulheres se convertendo diariamente. “Elas aprendem que em Jesus Cristo são honradas e que a cultura cristã é totalmente diferente da cultura em que elas foram criadas. Elas descobrem que são amadas e que podem se aproximar de Deus sem sentir nenhum constrangimento”, explica a líder.
“Todas elas sabem que correm o risco de serem presas ou torturadas, principalmente quando trabalham na evangelização, mas é Deus quem lhes dá essa força para assumir tantos riscos. O resultado é muito bom, pois cada vez mais, homens e mulheres, que vivem no Irã, conhecem o amor de Cristo e são surpreendidos com uma nova identidade: filhos de Deus”, compartilha Azada. O Irã ocupa o 8º lugar na atual Lista Mundial da Perseguição, sendo um país extremamente perigoso para quem decide seguir os passos de Cristo. Por se tratar de uma sociedade que prioriza o sexo masculino, imagine como as cristãs têm sido hostilizadas. Lembre-se delas em suas orações.
*Nome alterado por motivos de segurança.
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