“Não temos direito a quaisquer privilégios e nem à dignidade”

Cristã conta os desafios de seguir Jesus no Paquistão

Portas Abertas • 10 fev 2024


Ser cristã no Paquistão é viver como cidadã de segunda classe (foto representativa)

Ser cristã no Paquistão é viver como cidadã de segunda classe (foto representativa)

Rehena* é uma cristã do Paquistão, que nasceu marcada para ser intimidada na escola, forçada a ocupar os trabalhos insalubres e receber os piores cuidados médicos. Tudo isso é fruto da perseguição que ela enfrenta por seguir a Jesus em seu país.  


No entanto, a hostilidade pode ir além e envolve o sequestro de meninas cristãs, que são forçadas a se casar com homens muçulmanos. A prima, com quem Rehena costumava brincar, foi raptada aos oito anos e tornou-se esposa de um seguidor do islã. Apesar dos diversos abusos que sofreu, a prima tem três filhos e vive uma vida economicamente estável.  


“Ela tem uma vida boa, tem o que comer e seus filhos vão à escola. Ela deve ensinar-lhes as orações islâmicas. Não sei se ela ainda se lembra de Jesus. Eu me pergunto se ela ainda guarda Jesus em seu coração. Se ela ainda fala com ele, secretamente”, questiona Rehena.  


Luta pela sobrevivência 



Assim como outras 600 mil mulheres cristãs, Rehena trabalha em más condições em uma fábrica durante a noite. Ela luta para dar alimento e moradia a seu pai doente e o filho Jadoon*, de oito anos. Mas não tem o suficiente para pagar as taxas escolares do filho, que está fadado a ser analfabeto como a mãe.  


Os seguidores de Jesus no Paquistão também correm o risco de serem agredidos e acusados de blasfêmia, um crime com pena de morte. “Somos uma classe baixa porque somos cristãos. É um insulto aos muçulmanos comer conosco na mesma mesa. Se tocarmos no prato deles, fica contaminado. Não temos direito a quaisquer privilégios e nem à dignidade”, explica a cristã.  


Até mesmo no hospital, Rehena experimentou a discriminação por ser cristã. “Quando tive meu filho, fui colocada em uma cama suja que ainda tinha sangue da mulher que deu à luz antes de mim. Outras mulheres receberam uma cama limpa, mas para mim, a isai (palavra urdu para cristã), só havia a opção de uma cama suja”, testemunha.  


Apesar de tanta dificuldade, Rehena se mantém firme em Jesus e lembra do hino que sua avó cantava: “Para quem iremos? Jesus é o único caminho. E eu já escolhi: Jesus, meu Jesus”.  


*Nomes alterados por segurança. 

 

Socorra cristãos em perseguição extrema 

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