No Mali, mulher é rejeitada pela família por se converter a Cristo

A história de Naomi é um exemplo de quando os inimigos estão dentro da própria casa

Portas Abertas • 21 jan 2020


O marido de Naomi foi morto por ter se casado com uma cristã ex-muçulmana e ela teve que cuidar dos dois filhos sozinha

O marido de Naomi foi morto por ter se casado com uma cristã ex-muçulmana e ela teve que cuidar dos dois filhos sozinha

Naomi* e as duas irmãs nasceram no Mali, mas são filhas de um influente imã egípcio, que foi para o Mali com o único objetivo de espalhar o islã. Ele distribuía folhetos, vendia livros e pregava. Naomi tinha 8 anos de idade quando o pai morreu e ela foi adotada por um tio, que a matriculou em uma escola cristã internacional. “Eu odiava tudo o que era cristão, então ninguém ficou preocupado com o fato de eu poder ser influenciada negativamente”, relembra Naomi, hoje com 53 anos.

No entanto, quanto mais ela interagia com os cristãos, mais era atraída a Cristo. Aos 12 anos, ela professou Jesus como Senhor e o mundo desabou. A família dela ficou furiosa e deixou claro que ela não era mais aceita em casa; mas uma família de missionários a “adotou”. Até que os missionários tiveram que voltar para o país de origem e Naomi precisou voltar para a família dela. “Foi um tempo muito infeliz para mim, quando eu enfrentava assédio diário da minha família”, conta a cristã do Mali.

Aos 16, Naomi conheceu um cristão da Bélgica, com quem se casou. Mas mesmo casada, ela continuou sendo hostilizada pela família, que a chamava de “kafir” (infiel, em árabe) e toda vez que a via cuspia na direção dela, mostrando nojo. “A coisa mais difícil de lidar era a rejeição da minha família”, recorda. Mas complementa: “O cântico infantil ‘Sim, Jesus me ama, a Bíblia assim o diz’ significava tanto para mim. Minha família não parava de me pressionar, mas quanto mais eles me pressionavam, mais eu me apegava a Jesus”.

A cristã ex-muçulmana segue contando sua história de perseguição: “Mais de uma vez, minha família enviou jihadistas à minha casa para nos matar ou, pelo menos, nos intimidar. Mas os planos deles nunca deram certo. Mas um dia meu marido foi baleado durante uma viagem de negócios. Ele foi morto por causa da fé e por ter se casado com uma ex-muçulmana. Até hoje, não tenho ideia do que aconteceu com o corpo dele”.

Naomi conseguiu cuidar dos dois filhos, Ibrahim* e Youssouf*. Mas em 2012, tudo piorou quando jihadistas muçulmanos da Rebelião Tuaregue iniciaram um reinado de terror no norte do país, matando pessoas, destruindo santuários antigos e “caçando” cristãos. A violência também fez muitas pessoas fugirem. A Rebelião Tuaregue de 2012 faz parte de uma série de insurgências iniciadas em 1916, relacionadas à reivindicação dos tuaregues por um estado independente. (Essa história continua).

*Nomes alterados por segurança.

DIP 2020

O Domingo da Igreja Perseguida 2020 será voltado para cristãos ex-muçulmanos como Naomi. O objetivo é continuar apoiando nossos irmãos e irmãs que enfrentam várias formas de perseguição por abandonar o islã para seguir a Cristo. Envolva sua igreja para fazer a diferença, abençoando aqueles que compartilham a mesma fé que nós, mas não a mesma liberdade. Cadastre-se para organizar o DIP na sua igreja no dia 13 de setembro.  

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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