Guerra entre Sudão e Chade

Portas Abertas • 4 jun 2004


Centenas de militares árabes do Sudão invadiram um vilarejo em Chade, iniciando batalhas armadas com o exército chadiano, deixando dezenas de soldados mortos - disse o ministro de defesa do Chade no dia 9 de maio.

O ataque na semana anterior - o pior incidente relatado pelas autoridades do país - vai reforçar relações entre vizinhos em meio aos esforços de dar fim a uma rebelião de quinze meses na região de Darfur, no Sudão, onde oficiais das Nações Unidas acusaram militares tribais dos aliados árabes de "limpeza étnica".

O presidente do Sudão deu ordens à um comitê para investigar a situação dos direitos humanos em Darfur, disse um oficial em Cartum.

Enquanto isso, centenas de militares de sudaneses montados em camelos, atravessaram Chade para atacar repentinamente um vilarejo, iniciando uma batalha que matou sessenta militares, um soldado e seis civis chadianos - contou o ministro de defesa de Chade, Emmanuel Nadingar, à The Associated Press.

" Nós temos a obrigação de proteger nossa população e nossa fronteira. E é isso que vamos fazer", disse Nadingar.

A luta entre o Chade e o Sudão, entretanto, tem sido apagada pelo que as Nações Unidas têm descrito como uma das maiores crises humanitárias na região de Darfur, no Sudão. Os militares sudaneses têm sido acusados de realizar atrocidades na região de Darfur, que divide uma longa fronteira com Chade.

A luta em Darfur aponta o governo da dominação árabe do Sudão e uma milícia formada de nômades árabes contra residentes negros africanos, alguns dos quais fizeram uso de armas para exigir mais autonomia para a região ocidental de Dafur, no Sudão, que compartilha uma fronteira com Chade.

No dia 7 de maio, a Observação dos Direitos Humanos acusou o Sudão de deslocar mais de 1 milhão de africanos negros de suas casa durante uma campanha de bombardeio, incêndios e raptos, realizada pelas tropas governamentais e a milícia " janjaweed".

Muitos deles vêm do leste de Chade.

Agências humanitárias das Nações Unidas  querem enviar 5 milhões para as pessoas na região de Dafur e outros milhões para refugiados em Chade, disse Egeland.

A milícia árabe do Sudão tem conduzido invasões de fronteira há semanas, roubando animais de fazendas e aterrorizando refugiados do Sudão e civis de Chade.

Comissário das Nações Unidas pelos direitos humanos, Bertrand Ramcharan culpou as milícias de " destruição total da terra" e falou de " repetidos crimes de guerra e crimes contra a humanidade".

O presidente de Chade, Idriss Deby, vem conduzindo esforços de mediação para dar fim ao conflito. No dia 8 de abril, as partes em guerra assinaram um acordo de cessar fogo para permitir que as agências humanitárias entrem em N´djmena, a capital de Chade.

Tanto os rebeldes quanto o governo prometeram observar o acordo de cessar fogo para deixar a ajuda humanitária alcançar a região,até que elas dialoguem na capital da Etiópia, Addis Ababa. Entretanto, invasões por parte da milícia árabe do Sudão ainda continuam.

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