Polícia saudita interrompe reunião de oração

Portas Abertas • 15 mai 2005


Uma semana após ter prendido quarenta paquistaneses, a polícia religiosa saudita invadiu uma residência particular para interromper uma reunião de oração de cristãos expatriados em Riad.

Cinco idosos foram presos depois da muttawa, polícia religiosa, ter feito uma batida numa reunião ocorrida no bairro de Al-Olaya, região central de Riad, no dia 29 de abril.

Acompanhados por sheiks, oficiais da Muttawa invadiram uma congregação de sessenta etíopes e eritreus que se reuniam as quatro da tarde da sexta feira.

"Nunca mais tentem marcar outra reunião dessa nesse local", alertaram os oficiais. De acordo com fontes locais, a polícia confiscou quarenta Bíblias, junto com um crucifixo.

Os cinco homens detidos foram identificados como Yemane Gebre Loul, Gazai Zarom, Msfen Tkle, Yonas Tekle e Teklu Mola.

Durante a detenção e os interrogatórios, os cristãos foram autorizados a manter contato por telefone com seus familiares, e uma das esposas de um dos detidos teve permissão para visita. Mas depois de quatro dias, "a situação começou a piorar", disse uma fonte local.

"As autoridades sauditas têm os escondidos", disse um cristão da Etiópia à CompassDirect por telefone. "Ninguém tem visto ou falado com os detentos". Eles foram transferidos para prisão ligada ao Ministério do Interior, onde permanecem incomunicáveis.

O grupo se reunia para orar em Riad desde 2001, confirmou uma fonte local.

Há uma semana, um oficial da Embaixada da Eritréia em Riad disse à CompassDirect que não tinha sido informada de qualquer prisão de seus cidadãos. Tal notificação deveria ter vindo através do Ministério das Relações Exteriores, disse ele.

Foi a segunda intervenção em Riad em uma semana, após a prisão, ocorrida no dia 22 de abril, de quarenta paquistaneses cristãos que participavam de uma reunião de oração. Com exceção de dois homens, os paquistaneses foram liberados no mesmo dia.

O reino saudita proíbe a prática de reuniões religiosas que não sejam islâmicas, embora o governo insiste em dizer que não-muçulmanos estão autorizados a se reunirem em particular.

Em 2001, catorze estrangeiros cristãos foram presos e detidos por oito meses em Jedah por se reunirem para orar, entre eles vários da Etiópia e da Eritréia. Antes de serem deportados, três deles receberam oitenta chibatadas na frente de quinhentos prisioneiros por pregarem "contra o islã" entre os detidos.

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