Cristãos russos reclamam de discriminação

Levando seus interesses às ruas, um pequeno grupo de cristãos da Rússia protestou durante o fim de semana contra policiais que, segundo eles, violam sua liberdade religiosa.

Cerca de 200 membros de uma igreja evangélica realizaram uma manifestação no centro de Moscou, protestando contra as dificuldades que sua igreja enfrenta para conseguir que as autoridades aprovem a fixação de um lugar para realização de cultos.

"Nossa tarefa é ensinar as pessoas como defender seus direitos", disse Alexander Purshaga, líder da igreja.

O protesto foi o último sinal de que nada está bem no que se refere à liberdade de culto na Rússia, onde alguns grupos protestantes são confundidos com seitas e considerados um problema.

No mês passado, a polícia invadiu o seminário da Igreja Pentecostal em Izhevsk, cidade ao norte de Moscou, detendo dezenas de fiéis.

No distrito de Chekhov, ao sul de Moscou, os batistas esforçam-se para permanecer no novo templo, construído para substituir o primeiro, que foi destruído por um incêndio criminoso, em setembro último. Ataques semelhantes têm ocorrido em toda parte.

O relatório anual da Comissão Internacional de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos aponta que as condições na Rússia "degeneraram nos últimos anos".

O crescente autoritarismo do governo era um problema, assim como o favorecimento dispensado à Igreja Ortodoxa Russa, informa o relatório.

Alguns grupos religiosos são impedidos de registrar-se - uma exigência legal - e de reunir-se livremente para a prática religiosa. O anti-semitismo é outra questão problemática.

Alguns oficiais russos criticam o que eles chamam de "seitas totalitárias" e acusam os Estados Unidos de usar tais grupos para minar o estado.

Entre as organizações descritas como "seitas importadas" estão diversos grupos, entre os quais o Exército de Salvação e Testemunhas de Jeová.