Evangélicos pedem anulação de acordo do Estado com o Vaticano

Portas Abertas • 14 jul 2005


O pastor presidente da Conferência Dominicana de Unidade Evangélica (CODUE), Reynaldo Franco Aquino, pediu a anulação da concordata assinada pelo Estado dominicano com o Vaticano há meio século, por considerá-la discriminatória contra as igrejas não-católicas.

A concordata dá privilégios à Igreja Católica e atenta contra a necessária igualdade religiosa no país, alegou Franco em entrevista concedida por telefone à ALC.

O líder da CODUE disse que o acordo foi assinado em 1954 pela ditadura de Rafael Trujillo e o papa Pio XII num contexto religioso distinto do atual.

Enquanto que na década de 50 do século passado a membresia evangélica era reduzida, hoje, de 16% e 20% dos 9 milhões de dominicanos se confessam evangélicos. Além disso, esse percentual de evangélicos assume ativamente seu vínculo eclesial, enquanto que somente 4% dos católicos participam regularmente das atividades religiosas.

Através da concordata a Igreja Católica dominicana goza de ampla liberdade no exercício de suas funções, dispõe de facilidades administrativas aduaneiras e municipais, além de suporte econômico governamental para a sua manutenção e outro tipo de ajuda, seja em dinheiro ou em bens.

O líder evangélico criticou as autoridades governamentais por não considerarem no orçamento nacional nenhum tipo de apoio às obras das igrejas evangélicas, apesar de elas impulsionarem uma gama de projetos sociais e educacionais no país.

As igrejas evangélicas dominicanas investem cerca de 3 milhões de pesos (100 milhões de dólares) em programas de ajuda social, provenientes de doações da Europa e dos Estados Unidos, assegurou o religioso.

Um setor que faz um investimento dessa magnitude deveria ser tratado com mais respeito e não ser objeto das discriminações que sofre atualmente, sublinhou Aquino.

O pastor assinalou que na República Dominicana há uma nova geração de evangélicos que acordou e não está disposta a continuar calada, mas que busca a igualdade religiosa. Temos o poder de Deus e o poder do voto, declarou Aquino ao diário Hoje.

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