Cristão acusado de estupro aguarda novo parecer médico

Portas Abertas • 23 set 2005


O melhor médico legista do Egito fará uma avaliação médica na audiência criminal contra o cristão copta Shafik Saleh Shafik, acusado de agredir e estuprar uma adolescente copta no abrigo que mantém para garotas que enfrentam dificuldades.

Shafik disse que seu advogado está esperançoso de que a avaliação do Dr. Ayman Soda para o procedimento da corte no dia 20 de setembro ajude a contradizer as acusações "inventadas" e encerrar o processo de nove meses, que se iniciou em janeiro. Shafik também está sendo acusado de reter Magda Refaat Gayed contra sua vontade e sem o consentimento dos pais.

A família Gayed colocou sua filha, então com 16 anos, aos cuidados de Shafik no dia 5 de setembro do ano passado, depois da polícia tê-la resgatado de um grupo Islâmico, duas semanas após o seu desaparecimento de casa.  No dia seguinte, ela escapou pela janela do seu dormitório no abrigo para jovens mulheres administrado por Shafik. Indo a um bar da cidade, Magda Gayed começou a gritar: "Cristãos me agrediram e me estupraram", lançando insinuações de que Shafik queria conquistá-la.

De acordo com Shafik, a avaliação do Dr. Soda será importante para contrariar as declarações iniciais do médico da corte sobre a fuga de Magda. A avaliação do doutor endossava a alegação da promotoria, afirmando que era possível a garota ter saltado de uma altura de aproximadamente 3,5m, com seus tornozelos e pulsos algemados, sem fraturar uma perna. A avaliação inicial, no entanto, confirmava que ela não tinha sido sexualmente violentada.

Em fevereiro a corte negou permissão aos advogados de Shafik para convocar e interrogar Magda Gayed ou o médico da corte. A equipe de defesa de Shafik se contentou então quando a Corte Criminal Abbassiya No. 15 do Cairo aceitou a petição de 20 de junho para que o Dr. Soda revisse a avaliação forense, providenciando uma segunda opinião médica.

"Eles terão que aceitar a análise médica do profissional", disse Shafik a Compass. "Se não aceitarem, será uma descriminação extrema contra mim como cristão."

Extremistas furiosos

Nem mesmo um ato favorável da corte em favor de Shafik poderá protegê-lo da fúria dos extremistas muçulmanos. Por causa do seu ministério de resgatar garotas coptas cristãs de tentativas feitas por grupos extremistas de convertê-las ao islamismo, muitos muçulmanos o vêem como "perigoso", ele disse.

Na última audiência, no dia 20 de junho, o irmão de Magda declarou que uma testemunha muçulmana havia dito a ele: "Se esse homem não for preso, nós o mataremos."

Apesar da determinação da corte, tanto em abril quanto em maio, de que garota retornasse para a família por ser menor de idade, a polícia estadual se recusa a revelar a localização da adolescente de 17 anos. Os oficiais declararam que ela se converteu ao islamismo e não estava mais, portanto, sob a autoridade de seus pais.

A Lei Civil do Egito não permite que menores se casem, se convertam a outras religiões ou realizem qualquer ação legal sem a permissão de seus responsáveis. Mas os pais de Magda não têm conseguido permissão de ver a filha desde o último mês de setembro, quando a polícia forçou o pai e o irmão a assinarem um documento declarando falsamente que eles a haviam recebido de volta sob a sua custódia.

Shafik afirmou suspeitar que a promotoria esteja tentando atrasar a audiência até que ela complete 18 anos, quando poderá se casar legalmente sem a permissão dos pais.

Apesar das constantes ameaças ao seu ministério com as garotas coptas, Shafik, agora com 58 anos, declara que a obra está se expandindo. Após a mudança do abrigo com 13 jovens coptas para um espaço maior no final de julho, ele já criou uma segunda unidade. Inaugurado em 13 de setembro, o novo lar do grupo ministra para sete crianças com idades entre dois e sete anos.

Com dupla cidadania (americano-egípcio), Shafik mudou-se para o Egito há quatro anos e meio após se aposentar nos Estados Unidos para trabalhar com as jovens pobres e desfavorecidas da comunidade copta cristã. Os coptas do Egito representam pelo menos 10% da população do país.

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