Corte da Malásia nega cidadania plena a cristã

Portas Abertas • 25 set 2005


Uma decisão da corte na Malásia negou permissão a uma ex-muçulmana de substituir a palavra "islamismo" para "cristianismo" em sua carteira de identidade. Este é um caso que pode ter centenas de ramificações para milhares de convertidos, segundo especialistas dizem.

O pedido foi feito por Azaina Jailani, que mudou seu nome para Lina Joy em 1990, depois de se converter ao cristianismo, segundo reportagens da mídia malaia. Ela pediu à corte para determinar ao Departamento de Registro Nacional (NRD) que substituísse a palavra "islamismo" em sua carteira de identidade, pois assim ela poderia ser casada em uma cerimônia civil com seu marido cristão.

Entretanto, a corte em Kuala Lampur disse que, embora ela seja livre para praticar a religião de sua escolha, o NRD não pode ser forçado a mencionar a palavra "cristianismo" em seu documento de identidade. "O NRD agiu perfeita, prudente e racionalmente em um assunto de tal importância", disse Justice Abdul Aziz.

Lina Joy, 41, está, conforme o que foi dito, apelando contra a rejeição da Suprema Corte ao seu pedido. A decisão afeta cerca de 15.000 malaios, os quais querem ser capazes de viver abertamente como cristãos, segundo relatou o site AsiaNews.

A Constituição da Malásia define o povo malaio como os cidadãos da Malásia que professam o islamismo, falam a língua nacional e praticam a cultura malaia. Constitucionalmente, quando um malaio renuncia ao islamismo, ele deixa de ser malaio.

"Estamos profundamente desapontados. Tínhamos muita esperança em relação a essa decisão", lamentou uma cristã malaia, mãe de três filhos. "Nós, malaios, não somos ninguém em nosso próprio país porque somos cristãos", ela disse.

Os problemas legais de Lina Joy começaram cerca de oito anos atrás, quando ela fez um pedido ao NRD baseado no fato de ela não professar mais o islamismo e haver aceitado a fé cristã. O pedido foi recusado pelo NRD. Críticos dizem que o caso dela ressaltou o fato de os convertidos serem estigmatizados como "apóstatas" e forçados a praticar a sua nova fé em secreto, por causa do medo da violência muçulmana contra eles.

Texto enviado por Daila Fanny.

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