Eleições promovem avanços no Afeganistão

Portas Abertas • 2 out 2005


Milhões de afegãos votaram no dia 18 de setembro para um novo parlamento, resistindo ao boicote imposto pelo Talibã e por ataques militantes. O governo dos Estados Unidos considerou as eleições um sucesso, admitindo que elas são um grande passo tomado para a reconstrução do país islâmico devastado pela guerra.

Essas foram as primeiras eleições legislativas no Afeganistão desde 1969. Elas também fazem parte de um plano internacional para restaurar a democracia, depois que forças norte-americanas depuseram o severo governo do Talibã no fim de 2001, de acordo com uma reportagem feita pela Agence France-Presse (AFP).

As difíceis condições de liberdade de religião ou credo tiveram uma melhora comprovada depois da queda do regime Talibã e do estabelecimento do governo de transição em 2002; grupos de direitos religiosos dizem ainda haver preocupações em relação à liberdade religiosa.

Devido a contínuos problemas de segurança, o governo não exerce total controle sobre o país, observou a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA (USCIRF) em seu relatório anual. Como resultado, a situação da liberdade religiosa e de outros direitos humanos permanece "precária e problemática em algumas partes do país".

Resquícios do Talibã permanecem em várias regiões e continuam a ser uma ameaça à estabilidade do governo, observou a Comissão.

A USCIRF notou que o direito à liberdade religiosa é agora muito respeitado em áreas sob o controle do governo, em contraste à era Talibã, mas também disse que "ainda há alguma discriminação".

Sob a sharia, a conversão do islamismo ao cristianismo ou a qualquer outra religião é considerada apostasia e é punida com a morte. Além disso, grupos de vigia à perseguição relatam que o evangelismo é restrito, que igrejas cristãs não são permitidas e que a liberdade de culto não existe. Some-se a isso a igualdade de direitos entre homens e mulheres, uma questão há muito tempo sublinhada na sociedade islâmica.

Por ora, o Afeganistão está na lista de observação da USCIRF por suas violações ao padrão internacional de direitos humanos em termos de direitos religiosos.

Há, no entanto, melhorias.

Em janeiro de 2004, o Afeganistão adotou uma nova Constituição que contém um reconhecimento explícito da igualdade de direitos entre homens e mulheres e uma referência ao compromisso do Afeganistão para com suas obrigações com os direitos humanos internacionais.

De acordo com a AFP, responsáveis pelo pleito disseram que aproximadamente um quarto dos assentos do parlamento estavam reservados às mulheres nesta eleição. Por enquanto, cerca de 10 % dos 5.800 candidatos são mulheres.

Os oficiais também observaram que as mulheres perfizeram 44 % dos eleitores na nação, em comparação aos 41% da última eleição.

"Tive medo de vir", Lailoma, de 38 anos, disse a AFP. "Os rebeldes disseram que atacariam aqueles que tomassem parte na eleição. Eles ameaçaram me matar. Mas eu sacrificarei minha vida pela reconstrução do Afeganistão".

A AFP relatou que, apesar das ameaças dos insurgentes do Talibã, as estimativas mostraram uma participação de mais de 50% dos 12,5 milhões de eleitores registrados.

Na "Operação Mundo", um guia de orações por missões, os cristãos são encorajados a orar pela paz e reconstrução do Afeganistão, bem como pelo despertar da moderação e da tolerância e de uma percepção de que apenas as Boas Novas de Jesus podem prover as soluções para a cura da terra.

Atualmente, os líderes cristãos também pedem aos fiéis que orem pelo governo do Afeganistão, que será anunciado no final de outubro.

Texto enviado por Daila Fanny.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

Facebook
Instagram
YouTube

© 2025 Todos os direitos reservados

Home
Lista mundial
Doe
Fale conosco