Cristãos testemunham no caso dos ataques de Sangla Hill

Portas Abertas • 2 dez 2005


Os cristãos da comunidade de Sangla Hill vão se apresentar à Promotoria de Justiça Distrital de Nankana para depor sobre a agressão que sofreram no dia 12 de novembro nas mãos de uma multidão muçulmana. O Comitê de Ação de Sangla Hill decidiu que eles deveriam comparecer, já que se recusaram a colaborar a alguns dias, exigindo um processo na Suprema Corte.

Enquanto isso, as declarações de duas testemunhas muçulmanas puseram em xeque as acusações de blasfêmia levantadas contra o cristão Yousif Masih. Ele foi acusado de queimar algumas cópias do Alcorão no dia 11 de novembro. Mas, segundo o depoimento das testemunhas, Yousif e seu acusador, Mohammad Saleem, brigavam em um lugar diferente daquele onde a acusação de blasfêmia foi feita. Desde o começo do caso, líderes religiosos, bem como o restante da comunidade, defendiam Yousif: o homem é analfabeto e incapaz de distinguir o Alcorão de outros livros. Seus parentes dizem que tudo se resume a dinheiro e a comunidade cristã do país diz que isso foi um pretexto para atacá-los e criar uma disputa pessoal.

Entretanto, a presença cristã no Paquistão não é só ameaçada pela lei de blasfêmia. No dia 25 de novembro, um jornal, o "Daily Times", chamou atenção para o perigo representado pela imprensa urdu, que continua a publicar artigos anticristãos; esse segmento da mídia ignora completamente o caso Sangla Hill, relatado em quase toda a imprensa internacional. O jornal dá exemplos concretos da ameaça, como uma reportagem feita em Nawa-e-Waqt, no dia 18 de outubro, afirmando que um padre chamado "Robert Peterson" tinha a tarefa de converter paquistaneses ao cristianismo. O jornalista do "Daily Times" disse que a igreja cristã no Paquistão se limitava a servir os pobres e marginalizados.

A mídia urdu, no entanto, cobre todos os casos de cristãos que se convertem ao islamismo. O jornalista do "Daily Times" afirma que, em geral, as conversões ao islamismo são resultados do medo de ser vitimado um dia pela lei de blasfêmia.

Esse tipo de mídia é uma ameaça precisamente por causa de sua capacidade de atingir a alma dos extremistas, que encontram um escape para seu ódio nos atos de violência, como aqueles cometidos em Sangla Hill.

Texto enviado por Daila Fanny.

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