Líderes cristãos são presos durante celebrações do Natal

Portas Abertas • 2 jan 2006


A agência cristã Associação de Ajuda a China (CAA) foi informada que, no dia de Natal, doze líderes de igrejas domésticas foram presos em Xinjiang.

De acordo com relatórios de pessoas presentes no local, às 10h30 do dia 25 de dezembro (18h30 horário de Brasília), 200 policiais e funcionários do Comitê de Assuntos Religiosos, com mais 17 viaturas, invadiram uma igreja doméstica durante seu culto de Natal em um salão alugado no centro de Ma Na Si, Xinjiang. Havia lá 210 cristãos reunidos para as celebrações de Natal.

Conforme o relatório de uma testemunha, às 11 horas, doze líderes foram presos. A propriedade particular foi confiscada sem ser dado qualquer recibo. Os itens levados foram uma minivan alugada, um carro, um piano, uma filmadora, 80 cópias da Bíblia e 230 toalhas. A polícia também confiscou todas as comidas de Natal antes de ir embora. Segundo uma pastora que estava na reunião, os policiais apresentaram um mandado de busca e afirmaram que a reunião era um "encontro religioso ilegal".

À meia noite, sete dos líderes foram libertados; cinco ainda estão sob custódia: pastor Guo Xianyao, 54; sra. Lu Jianzhen, 47; sra. Wu Haifang, 28; sra. Wang Ximei, 54, e sra. Zhou Bin, 50. Uma pessoa disse que o pastor Guo Xianyao foi espancando pela polícia. Eles estão detidos no Centro de Detenção de Ma Na Si. Todos os presos tiveram que pagar uma multa e tirar as digitais.

A CAA também soube que na véspera de Natal, às 13 horas, um culto de Natal em uma igreja doméstica na cidade de Korla, em Xinjiang, foi interrompido por 6 policiais. Cem cristãos estavam reunidos lá na hora da invasão. Eles foram obrigados a interromper o culto e receberam ordens de ir para o culto de uma igreja sancionada pelo governo. O líder dessa igreja disse que vão continuar suas reuniões semanais, mas em outro lugar.

No dia 13 de dezembro, a pastora Miao Fengming e o pastor Liu Haibo foram detidos por 24 horas em Zhaqi, região autônoma da Mongólia Interior. Eles foram acusados de "presidir encontros religiosos ilegais". No condado de Gushi e na cidade de Suqian, as casas dos pastores Yang Li e de Shi Enhao foram invadidas respectivamente. Eles não estavam em casa na hora da incursão. A polícia exigiu que as famílias entregassem os dois pastores por suas supostas atividades com a "Falun Gong" e por "atividade religiosa ilegal".

A CAA também foi informada que a perseguição ao empresário cristão Tong Qimiao se intensificou. A fim de tirar Tong dos negócios em Xinjiang, o Comitê Municipal para Administração Industrial e Comercial de Kashi emitiu uma nota oficial para Tong, exigindo que ele pagasse uma multa de 15.000 RMB (2 mil dólares) por sua prática comercial "ilegal". Conforme uma fonte, isso foi feito a pedido do Comitê de Segurança do Estado de Kashi a fim de puni-lo por seu desafio "legal" aos policiais que o agrediram fisicamente e o ameaçaram por causa das atividades de sua igreja. Clique aqui  para ver a história completa.

A CAA condena a prisão desses líderes de igreja inocentes e exige que a autoridade chinesa os liberte imediatamente. "Como as pessoas podem ter qualquer fé na afirmação de liberdade religiosa do governo chinês quando celebrações pacíficas de Natal são interrompidas e cidadãos religiosos inocentes são arbitrariamente presos?", disse o reverendo Bob Fu, presidente da CAA.

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