Mulheres coordenam reconstrução de igrejas de Sangla Hill

Portas Abertas • 5 jan 2006


Um grupo de mulheres américo-paquistanesas estabeleceu uma organização para reconstruir as igrejas destruídas por uma multidão revoltada na cidade de Sangla Hill em 12 de novembro do ano passado.

As organizadoras - Nasim Khan, Rubina Bari e Shabana Syed - da Coalizão de Reconstrução de Sangla Hill estão coordenando o trabalho de reconstrução com vários grupos religiosos e igrejas presbiterianas a fim de levantar fundos para reconstruir os lugares de culto destruídos na cidade.

Nasim, do subúrbio de Herndon, diz que os esforços procuram mostrar ao mundo que os muçulmanos de origem paquistanesa, tanto no país como fora dele, estão unidos na tolerância e respeito por todas as pessoas. Segundo ela, o governo deve dar os passos necessários para garantir que todos os paquistaneses, qualquer que seja sua filiação religiosa, estão protegidos; e que aqueles que querem ameaçar a liberdade religiosa serão disso acusados. Ela também falou que o povo do Paquistão deve permanecer unido para assegurar esses direitos a todos os paquistaneses - muçulmano ou cristão, hindu ou sikh, rico ou pobre, homem ou mulher.

O projeto será iniciado com um jantar para angariar fundos em um centro islâmico em Herndon, em 21 de janeiro. A comida para o jantar será doada por um empresário americano estabelecido no local. Líderes cristãos da Virgínia do Norte vêem o esforço com uma mostra de solidariedade entre muçulmanos e cristãos. As organizadoras, em uma circular aos mantenedores, lembram que a multidão violenta em Sangla Hill destruiu uma igreja,   propriedade do Exército da Salvação; uma igreja presbiteriana erigida em 1902; uma escola de 68 anos para garotas (onde 90% das alunas eram muçulmanas); e uma casa para padres e freiras.

A multidão forçou quase todas as famílias cristãs a abandonarem suas casas por motivos de segurança. A investigação inicial sobre o caso mostrou que tudo começou com uma disputa envolvendo dinheiro entre dois apostadores, um muçulmano e um cristão. O muçulmano acusa o cristão de queimar o Alcorão.

Khan disse: "Como muçulmanas americanas de origem paquistanesa, não podemos ficar paradas enquanto a violência contra os não-muçulmanos continua a crescer no Paquistão. Não podemos ficar em silêncio com a profanação de lugares de culto, não importam quais sejam eles; nem podemos ficar quietas perante a falha total das autoridades paquistanesas em proteger todas as minorias religiosas contra a perseguição. Devemos tomar parte nessa situação, que tem piorado as relações já tensas entre muçulmanos e pessoas de outras religiões. Devemos tomar partido contra a discriminação religiosa de todas as formas, ajudando a reconstruir pelo menos uma das três igrejas destruídas".

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