Portas Abertas • 9 fev 2006
O adolescente detido por suspeita de ter assassinado, há três dias, o padre italiano Andrea Santoro na Turquia confessou que foi recrutado por um grupo radical islâmico para cometer o crime após a publicação das polêmicas charges do profeta Maomé, revelou sua advogada.
De acordo com o jornal local Aksam, Mahya Usta, advogada de defesa do rapaz de 16 anos, disse que o estudante contou que cumpria a ordem de um grupo extremista com sede na cidade de Trabzon, onde o padre foi assassinado.
Há uma organização muçulmana. O jovem freqüentava uma casa onde membros do grupo se reuniam, afirmou Usta.
Ela explicou que a organização teria convencido o jovem a cometer o crime após a publicação das polêmicas charges de Maomé porque como é jovem, terá uma pena leve.
Santoro, de 61 anos, morreu domingo baleado por um homem armado que gritou Alahu Akbar (Deus é grande), enquanto o padre rezava na igreja católica de Santa María, em Trabzon.
Na terça-feira, a Polícia turca deteve o rapaz, que estava com uma pistola. A agência de notícias turca Anatólia afirmou que a arma é a mesma usada no assassinato de acordo com os testes feitos em laboratório.
A Polícia continua com os interrogatórios ao jovem acusado.
Outras informações ligaram a morte do padre ao seu trabalho missionário, um tema delicado na Turquia, e à possível relação com máfias de prostituição. O pároco freqüentemente ajudava prostitutas vindas de países da antiga União Soviética, normalmente infiltradas na Turquia através de Trabzon.
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