Família de bispo nigeriano é atacada durante protesto

Portas Abertas • 4 mar 2006


O bispo de Jos teve sua casa atacada durante os choques muçulmanos por causa das charges dinamarquesas do profeta Maomé. O grupo, que invadiu sua casa, bateu em seus filhos e agrediu sua esposa.
 
O ataque foi parte de uma violência contra cristãos que ocorreu no fim de semana de 18 e 19 de fevereiro. Dezoito cristãos foram mortos e várias igrejas foram queimadas.

Reportagens e testemunhas afirmam que cerca de vinte homens assaltaram a casa do bispo Benjamin Kwashi. O grupo estava armado com cacetetes, facas e revólveres.

Eles atacaram e amarraram o porteiro da casa, antes de destruir a porta. A esposa do bispo, Gloria Kwashi, acredita que eles são os ladrões que ofereceram dinheiro à família para ir embora.

Mas o grupo disse que eles estavam ali para matar o bispo e exigiram saber onde ele estava. Nanminen e Rinji, filhos do bispo, foram espancados. Nanminen desmaiou e quebraram o maxilar de Rinji.

O grupo furioso agrediu a esposa do bispo, não acreditando quando ela dizia que seu marido estava em Londres. Eles saquearam a casa e forçaram Gloria a ir ao gabinete da diocese para encontrar o bispo.

O grupo usou de força para entrar no gabinete. Lá, eles agrediram a diaconisa Susan Essam, secretária do bispo, querendo saber onde ele estava.

Na semana passada, o bispo Benjamin disse que sua mulher estava se restabelecendo do ataque. Ela recuperava sua visão e já havia recebido alta do hospital. Um porta-voz da igreja da Nigéria disse que a identidade dos integrantes do grupo ainda é desconhecida, segundo o jornal da Igreja da Inglaterra.

Acredita-se que o ataque tenha um significado político, e também religioso, já que o bispo Benjamim era um conselheiro especial em assuntos de jovens do presidente nigeriano Olusegun Obasanjo.

O arcebispo Peter Akinola fez uma declaração. Ele alertou os muçulmanos de que a contenção cristã e o desejo de uma "coexistência pacífica" não devem ser tristemente confundidos com fraqueza.

Lia-se na declaração de Peter: "Há longo tempo, temos assistido desamparadamente os assassinatos, a mutilação e a destruição de cristãos e de suas propriedades, cometidos por fanáticos e fundamentalistas muçulmanos. Fazem isso à menor provocação, ou sem provocação nenhuma . A paz é absolutamente necessária para realizar nossos sonhos e aspirações."

A declaração de Peter também traz o alerta de que os muçulmanos não detêm mais o monopólio da violência na nação.  Conforme ele, a Igreja talvez não consiga mais conter seus jovens irrequietos se a violência continuar. 

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