Oito igrejas domésticas são fechadas na Indonésia

Portas Abertas • 14 mar 2006


Em Java Ocidental, oito igrejas domésticas cristãs foram fechadas pelos funcionários públicos. Uma delas estava aberta havia 30 anos.

O pastor Simon Timorason comentou: "Procuramos obedecer à ordem de espalhar o Evangelho a todas as nações. É isso o que eles temem... que os muçulmanos sejam convertidos e se tornem cristãos, o que também está acontecendo".

Os funcionários públicos, que ordenaram o fechamento das igrejas domésticas, basearam sua ação em um decreto ministerial emitido em 1969, que afirma que todos os grupos religiosos devem obter permissão antes de estabelecer lugares de culto; o que significa que uma casa não pode ser usada como uma igreja.

Simon Timorason é coordenador das igrejas cristãs na área. Ele diz que é muito difícil, quase impossível, que as igrejas tenham permissão nas comunidades dominadas por muçulmanos. Por isso, apenas 10% das igrejas têm a permissão.

O pastor Simon diz que outro obstáculo para se obter uma autorização é a larga soma que a igreja precisa pagar.

Ele acrescenta: "Há muita burocracia. E, antes que assinem a autorização, precisamos pagar a cada funcionário um valor de até 100 milhões de rúpias para as grandes igrejas na cidade". Isso equivale a 10.400 dólares.

Uma igreja pentecostal recebeu autorização para construir, mas a construção foi interrompida pelos funcionários locais, depois que eles descobriram que o edifício da igreja iria ficar maior que o da mesquita. De acordo com eles, isso não é permitido.

Mas o pastor Viki, pastor da Igreja Pentecostal Padalarang, disse não haver tal regra na lei indonésia. Em sua opinião, talvez isso seja inveja pela comunidade cristã, por isso não se pode construir algo que seja grande e alto. "Temos permissão, mas precisamos manter o prédio baixo e pequeno".

O pastor acredita que, no tempo perfeito de Deus, eles poderão completar o edifício de três andares.

O governo nacional da Indonésia formou um comitê para cuidar da questão do fechamento de igrejas. Aisiyah Barouka é o vice-presidente do Comitê de Direitos Religiosos.

Aisiyah Barouka disse que, baseado na Constituição, não é ilegal que as pessoas cultuem em igrejas domésticas, já que há a liberdade religiosa. Eles estão investigando quem são os grupos militantes que têm pressionado os funcionários públicos a fechar as igrejas domésticas.

Está sendo feito um acordo entre cristãos e muçulmanos. Mas, os cristãos não concordam com alguns dos termos, como, por exemplo, o que diz que uma igreja cristã deve ter 90 membros e 70 assinaturas da comunidade, o que significa a aprovação.

Isso, dizem os cristãos, é difícil de se conseguir em uma comunidade muçulmana.

Enquanto as investigações prosseguem, as congregações cristãs resolveram continuar seus cultos em diferentes casas. Apesar de grupos militantes ameaçarem queimar essas igrejas domésticas, caso os cristãos continuem a se reunir nelas, cultos e reuniões de oração continuam a ser realizados.

O pastor Jawadi Hutapea, da igreja protestante Batak Bethany, disse que sua congregação decidiu continuar os cultos todos os domingos, "porque não prejudicamos ninguém. Nós adoramos nosso Deus e não lutamos contra os muçulmanos militantes".

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