Musalaha reúne pré-adolescentes israelenses e palestinos

Portas Abertas • 21 mai 2006


À medida que o verão (do hemisfério norte) se aproxima, o Ministério Musalaha prepara eventos para jovens israelenses e palestinos.

Um porta-voz do ministério diz que há poucas oportunidades para crianças israelenses e palestinas se reunirem antes de chegarem à adolescência.

Em muitos casos, as crianças têm uma idéia clara de quem são seus inimigos, até crianças de 5 anos. O Musalaha desenvolveu um acampamento de verão para pré-adolescentes de 9 a 12 anos. Eles ganham uma oportunidade de criar entendimento, consciência e amizade com as pessoas do outro lado.

O Musalaha receberá 40 acampantes na Vila Batista em julho. Eles também farão, no mesmo mês, o Acampamento Esporte para a Vida.

Esse será o primeiro programa do Ministério para jovens, entre cristãos e não-cristãos. O projeto é um acampamento para garotas de 13 a 17anos. Ele usa esporte, recreação e programação educacional para introduzir os princípios da reconciliação entre novas comunidades. Através desse acampamento, pretende-se criar uma forma de lutar contra o preconceito e de facilitar relacionamentos significantes que estimulem o acordo mútuo.

Uma vez que o Musalaha acredita que a verdadeira reconciliação só se dá por meio de Jesus, é possível explorar e compartilhar as mensagens bíblicas, como o amor pelos inimigos. O porta-voz do ministério disse: "Compartilhando a reconciliação, podemos impactar nossas sociedades e ser instrumentos de sua paz".

Para o acampamento de esportes, técnicos e atletas dos EUA ofereceram treinamento em várias modalidades. Os conselheiros criarão atividades que possibilitem relacionamentos e que ensine sobre as comunidades onde as garotas vivem.

O Musalaha já levou uma vez 40 jovens para o deserto do Negev para uma aventura. Shadia, o coordenador do projeto, compartilha essa experiência:

Depois de um longo dia dirigindo, nos encontramos em uma colina no meio do deserto. Enquanto os jovens exploravam a área, soube que essa viagem seria cheia de novas experiências e desafios. No segundo dia, preparamos uma caminhada de dois dias no deserto. Andamos um longo período enquanto alguns andavam em camelos. De vez em quando nos revezávamos, então todos tiveram sua chance de andar no camelo. Os camelos eram enormes e, depois de um tempo, ficar sentado neles era tão incômodo quanto caminhar no chão do deserto.

No almoço nossos guias construíram tendas, usando os camelos para as erguer. A melhor experiência de todas foi quando preparamos nosso próprio almoço. Os guias dividiram as tarefas entre a gente e, no começo, houve algumas reclamações: Não estamos acostumados a andar tanto com esse sol queimando, e agora temos que cozinhar também! ... Estou cansado! Mas logo que começamos a cortar os vegetais e fazer a tehena (patê de gergelim), não foi tão ruim como pensamos. Na verdade, foi muito divertido. Todos nós nos envolvemos nisso e lá pela última refeição estávamos cortando os vegetais muito bem. Alguns jovens começaram a criar e fizeram um belo trabalhão decorando os pratos. Tem gente que se acostuma a levantar e, em 10 minutos, tomar o café da manhã. No deserto, porém, demora muito tempo até que o café da manhã esteja pronto. Temos que acender o fogo, preparar a massa do pão e fazer as saladas.

Todos tínhamos algo para fazer, então o período das refeições era de uns 20 minutos. Foi ótimo, todos gostaram até de fazer a limpeza no final. O exercício em cooperação e ajuda ao outro foi uma parte importante na aproximação deles. Isso reforçou os estudos bíblicos que fizemos sobre amizade e sobre como Deus pode usar os amigos que fizemos no deserto para impactar nossas comunidades, onde há conflitos. Voltamos para casa queimados de sol e exaustos, sabendo que Deus havia feito algo para cada um de nós no deserto.

O tema desse ano focará na história de Jonas. O Ministério pede orações pela equipe, enquanto ela convida os conselheiros, prepara o programa e convida os pré-adolescentes para o acampamento. Ele também pede oração para que os acampantes cresçam em relacionamento uns com os outros e com o Pai, através dessa experiência.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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