Portas Abertas • 4 jun 2006
De acordo com o jornal "Straits Times", o grande imame da mesquita al-Azhar, no Cairo, condenou o extremismo religioso e está incentivando os muçulmanos a dialogarem e a cooperarem com os cristãos.
O xeique Muhammed Sayyed Tantawi condenou a violência e o terror religioso, chamando-os de "diabólicos" em um discurso aos líderes muçulmanos malaios, em Cingapura na semana passada. O xeique também é parceiro do diálogo anglicano muçulmano, da Comunhão Anglicana.
O xeique declarou: " crê que todos os seres humanos vieram de uma mãe e um pai". Ele acrescentou que uma "mão de paz" deve ser estendida às outras religiões, quando estiverem sob ataque.
O pastor Mouneer Anis, bispo anglicano do Egito, agradeceu a contribuição do imã. Em entrevista ao jornal da Igreja da Inglaterra, o pastor disse que isso reforça uma posição da mesquita al-Azhar. A mesquita prega que "os muçulmanos sunitas no Egito devem ser moderados e pacíficos".
O xeique Tantawi disse também que estava "preocupado com o comportamento ocidental que recentemente insultou o profeta Maomé com as charges, e agora Jesus Cristo, com o Código Da Vinci."
Isso é alarmante para aqueles que estão preocupados que indivíduos de cada uma das religiões do mundo estejam se encorajando mutuamente para buscar mais restrições para aqueles que criticam ou zombam dos credos dos quais discordam.
Foi dito que os líderes muçulmanos querem se encontrar com o Papa Bento XVI e com o Arcebispo de Canterbury (cidade da Inglaterra), Rowan Williams. Eles favorecem uma comunicação em conjunto, pedindo respeito pela religião e liberdade de expressão.
Defensores do pluralismo e do secularismo dizem que a coexistência pacífica entre as religiões não deve ser usada para reforçar mais a censura na sociedade. A coexistência pacífica deve ser vista como uma força positiva.
© 2024 Todos os direitos reservados