Pastor Carlos Lamelas é libertado da prisão

Portas Abertas • 30 jun 2006


Depois de passar mais de quatro meses na prisão, o pastor cubano Carlos Lamelas foi libertado sem acusações.

De acordo com a Solidariedade Cristã Mundial (CSW, sigla em inglês), uma organização britânica de direitos humanos, o pastor Carlos foi libertado de forma inesperada na segunda-feira, 26, 126 dias depois de ter sido preso. Ele obteve permissão para se juntar à família em Havana.

A CSW informou que Carlos Lamelas recebeu ordem dos guardas da cadeia para se preparar para partir quando sua esposa chegasse para a visita semanal. Nenhuma explicação foi dada para justificar a libertação, e o pastor e sua família ainda esperam pelo esclarecimento de sua situação legal.

De acordo com a CSW, Carlos Lamelas foi preso em 20 de fevereiro de 2006, e supostamente seria acusado de ajudar cidadãos cubanos a deixarem o país ilegalmente. Fontes próximas ao pastor, entretanto, sugeriram que o real motivo da prisão poderia ser o engajamento de Carlos Lamelas pelo respeito à liberdade religiosa em Cuba.

Saúde abalada

Enquanto estava preso, ele foi mantido em uma cela com vários outros prisioneiros. Ele não tinha permissão para sair da cela, por isso, sua saúde ficou abalada. Ele recebia visitas semanais de sua esposa, as quais, entretanto, eram vigiadas de perto pelos guardas, e eles não podiam conversar livremente. Ele só obteve permissão para ver seu advogado uma única vez, por cinco minutos.

Suas duas filhas, de 5 e 12 anos, não puderam ter qualquer contato com o pai durante o tempo em que ele ficou na prisão.

Carlos Lamelas disse que ficou impressionado com o apoio que recebeu dentro e fora de Cuba. Quando chegou em casa, ele encontrou uma "montanha" de cartas e cartões de apoio vindos de todas as partes do mundo. "Nossos pés estão no chão, mas nossos corações estão nas nuvens", declarou o pastor.

Mervyn Thomas, diretor da CSW, declarou em uma reportagem: "Estamos extremamente felizes de saber da libertação do pastor Carlos e de sua reunião com a família. Entretanto, continuamos preocupados de que sua situação legal não seja esclarecida, e de que ainda não tenha sido fornecida a razão de sua prisão. A CSW permanece profundamente preocupada com a situação geral dos direitos humanos em Cuba e com o aumento nas restrições à liberdade religiosa. Enquanto agradecemos porque o pastor Carlos foi liberto, é importante lembrar que ele nunca deveria ter sido preso. Convocamos a comunidade internacional a continuar pressionando o governo de Cuba para melhorar os direitos humanos no país, e para garantir o direito à liberdade religiosa".

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