Portas Abertas • 30 nov 2006
Em 28 de novembro, no Estado de Gujarat, a diretoria de uma escola católica alegou ter sido molestada e abriu um processo contra o governo na alta corte de Gujarat.
A alta corte, em 7 de novembro, enviou uma notificação ao governo do Estado e do distrito de Bhavnagar, em resposta à queixa apresentada pela escola católica Shri Sachhidanand Gurukul Vidyalaya.
A primeira audiência foi agendada para 29 de novembro.
Samson Christian, secretário do Conselho Geral dos Cristãos da Índia (AICC, sigla em inglês), disse que os extremistas do Fórum pelo Reavivamento do Povo Hindu e o Conselho Geral de Estudantes da Índia, começaram a acusar a equipe da escola de conversões antiéticas em julho.
Em resposta a essas acusações, a polícia começou a investigar a escola.
"A escola está correta academicamente, e a maioria dos alunos é da comunidade hindu. Sendo assim, os grupos extremistas são ciumentos", Samson disse à agência de notícias Compass.
Samson também disse que um membro do partido local do Bharatiya Janata (BJP), partido que governa o Estado, pode estar patrocinando os extremistas hindus em suas atividades contra a escola.
Em 12 de outubro, o tutor da escola, Sanjaybhai Chauhan, tentou registrar uma queixa na delegacia de Shihor contra a polícia, as autoridades e os extremistas de Bhavnagar, mas a polícia se negou a recebê-la. Em vez disso, o governador do distrito de Bhavnagar ordenou, em 20 de outubro, que a equipe da escola desocupasse o prédio, alegando que eles não haviam cumprido todas as formalidades necessárias para se operar uma escola.
Perturbação
Samson contou: "Além disso, em 30 de outubro, o departamento de receita do distrito mandou um funcionário para tomar conta da escola. Mas a diretoria da escola, com a ajuda do AICC, abordou o governador do distrito lhe pediu mais tempo. Ele estabeleceu uma data-limite para 15 de novembro".
A equipe da escola também falou com um secretário especial do departamento de receita em 3 de novembro; ele atrasou a ordem de aquisição de controle para 10 de novembro, cinco dias antes da data-limite.
Conforme Samson, os funcionários de outros departamentos do Estado, como o de energia, também começaram a perturbar a escola.
Como a diretoria da escola abriu um processo contra o governo do Estado no dia 28 de novembro, a corte exigiu a documentação que mostra o registro da escola e o título de propriedade do terreno e dos prédios.