Promotoria recomenda a absolvição de Carlos Lamelas

Portas Abertas • 7 dez 2006


Um promotor em Havana recomendou que o pastor Carlos Lamelas fosse absolvido das acusações de tráfico ilegal de imigrantes no julgamento de 4 de dezembro (veja aqui). 
 
Essas acusações fizeram com que o pastor evangélico, e também ex-presidente nacional de sua denominação, ficasse preso por mais de quatro meses no começo desse ano.
 
Apesar da sugestão de absolvê-lo, o futuro de Carlos ainda é incerto.
 
Carlos disse que é preciso esperar a decisão dos juízes, pois a sentença ainda deve ser determinada. "O pior de tudo é que podemos ter que esperar por mais um ou dois meses", disse o pastor.
 
Carlos foi preso em sua casa no dia 20 de fevereiro, em uma invasão-surpresa da polícia. Ele foi libertado inesperadamente do centro de detenção Villa Marita em 26 de junho.
 
As autoridades cubanas não apresentaram evidências para sustentar as acusações contra Carlos durante sua prisão. Quando foi libertado, elas informaram aos membros da família que "uma mudança no procedimento" lhes permitiu conceder ao pastor uma "liberdade provisória".
 
As autoridades intimaram Carlos para uma audiência em Havana na segunda-feira, para ouvir os argumentos do caso. Ele compareceu perante um grupo de cinco juizes do Tribunal Popular Provincial, para prestar seu depoimento.
 
"Hoje foi um dia bastante cansativo", Carlos escreveu em um e-mail, depois da audiência. "Para começar, o promotor que deveria apresentar as acusações contra mim ficou doente, e então foi substituído".

Atenção internacional
 
O promotor substituto não pediu nenhuma ação punitiva contra Carlos, e recomendou que todas as acusações contra ele fossem retiradas.
 
Uramis, a esposa de Carlos, acompanhou seu marido à audiência com os pais dele e um amigo, o pastor Roberto Moreno de Guanábana.
 
Fontes do país acreditam que o governo escolheu perturbar Carlos por ele ter desafiado o regime de Fidel Castro em relação às questões de liberdade religiosa.
 
Por mais de uma década, Carlos, um mergulhador profissional antes de assumir o ministério, foi ativo no movimento de igrejas domésticas na Ilha da Juventude.
 
Enquanto servia como presidente do conselho nacional da Igreja de Deus, Carlos se recusou a assinar uma garantia de lealdade ao regime de Fidel, e resistiu às interferências do governo nas questões da igreja.
 
Carlos emagreceu na prisão, e sofreu dores de cabeça e hipertensão arterial, mas disse que não foi maltratado.
 
Ele acredita que a atenção internacional dada ao seu caso (expressa em centenas de cartas de cristãos de todo o mundo) tenha assegurado sua libertação repentina da prisão.
 
Uramis, em uma de suas visitas semanais ao marido, quase já no fim de sua detenção na Villa Marita, encontrou um funcionário carcerário que lhe disse que seu marido recebia bastante correspondência. O funcionário lhe disse: "Fale pros amigos de seu marido pararem de lhe mandar cartas".

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