Portas Abertas • 25 mai 2007
O governo iraquiano expressou sua solidariedade aos cristãos de Bagdá e prometeu protegê-los. Em uma declaração publicada anteontem pela agência de notícias AINA, um representante do governo iraquiano disse que o Gabinete Nacional iraquiano tratou da questão de grupos terroristas ameaçarem e expulsarem famílias cristãs de Bagdá.
Os cristãos iraquianos, nativos ou estrangeiros, ficaram contentes com as declarações do governo, a qual eles aguardavam por bastante tempo, depois de muitas queixas feitas por líderes cristãos. Eles notam, entretanto, que essa declaração só diz respeito a intenções e não contém de fato nenhum passo concreto para limitar a campanha de perseguição dirigida à comunidade cristã na capital e em Mosul. Essas duas cidades são, no momento, as mais afligidas pela violência, ameaças e abusos, incluindo o desapropriamento e conversões forçadas ao islamismo.
De igual modo, muçulmanos têm defendido seus irmãos cristãos de duas formas. Por um lado, há grupos seculares, não-militares e sem influência política, que organizaram em Bagdá algumas formas de proteger famílias cristãs perseguidas, chegando a abrigá-las em suas próprias casas. Por outro lado, há líderes religiosos muçulmanos que se pronunciam contra derramamento de sangue a despeito da fé. Esse é o caso do secretário geral e do grande mufti do Iraque que, em uma mensagem assinada, escreveu: Ouvimos com tristeza e agonia o que tem acontecido com nossos irmãos cristãos no Iraque. Nós condenamos os perpetradores.
Há alguns dias, o líder xiita Hussain Sadr também falou sobre a questão. Em uma entrevista com um canal de TV cristão, ele expressou sua solidariedade pessoalmente aos seus irmãos cristãos e às minorias iraquianas.
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