Diálogo com o Talibã para libertar evangélicos sul-coreanos avança

Portas Abertas • 24 jul 2007


As negociações para libertar os 23 evangélicos sul-coreanos seqüestrados no leste do Afeganistão avançam de forma positiva, informou hoje um porta-voz talibã, segundo o qual o engenheiro alemão nas mãos dos rebeldes está com a saúde debilitada.

O representante talibã Qari Yousef Ahmadi disse à Efe por telefone que o alemão sofre de diabetes e sua condição se deteriorou bastante devido às constantes mudanças de cativeiro.

"Não dispomos de remédios para tratá-lo. Esperamos que o assunto se resolva em breve", disse Ahmadi.

O alemão foi seqüestrado na quarta-feira na província de Maidan Wardak com outro engenheiro da mesma nacionalidade, cuja morte foi anunciada pelos talibãs no sábado.

As causas desta morte ainda não estão claras, pois, embora os insurgentes tenham informado que foi executado, o Governo alemão assegurou que ele sofreu uma parada cardíaca.

Seu corpo, que será repatriado hoje, apresenta várias marcas de tiros, mas se espera que a autópsia, prevista para quarta-feira, determine a causa da morte.

Missionários capturados

O porta-voz talibã assegurou que a negociação entre os rebeldes e o Governo de Seul para a libertação dos 23 missionários sul-coreanos capturados na quinta-feira na província de Ghazani avança de forma positiva.

"Somos otimistas com relação a uma solução pacífica e esperamos que a solução venha antes das 19h de hoje (11h30 de Brasília). Se isto não ocorrer, poderíamos dar mais tempo", afirmou.

Ahmadi se referia ao prazo dado pelos talibãs para o cumprimento das exigências.

Os rebeldes ameaçam matar os 23 reféns, entre os quais 18 mulheres, caso o Governo de Cabul não liberte o mesmo número de insurgentes.

O prazo estabelecido inicialmente foi domingo, mas os talibãs já estenderam o ultimato por duas vezes para dar ao Governo coreano tempo para "resolver" a situação.

O porta-voz afirmou que as negociações tiveram participação dos talibãs e de representantes do Governo sul-coreano, sem intervenção do Afeganistão, que, segundo ele, não quer resolver o problema.

Além disso, assegurou que todos os reféns estão em boas condições e são bem tratados.

Os seqüestradores estão sitiados em Qara Bagh, onde líderes tribais mantêm contatos com os rebeldes sobre os reféns, segundo uma fonte oficial.

Um dos membros da delegação afegã encarregado de lidar com o seqüestro, Khowaja Ahmad Sediqi, disse que os talibãs "pediram US$ 100 mil em troca de permitir o contato telefônico direto ou visual (fotos, vídeo, etc.) entre a delegação coreana e os reféns".

Ahmad Sediqui faz parte do grupo de líderes tribais da região que estabeleceu contato entre os seqüestradores e o Governo sul-coreano, que há dois dias enviou uma delegação para negociar.

Perspectivas positivas

O líder tribal se mostrou confiante em que o assunto será resolvido em breve e que os coreanos serão libertados.

Além da libertação de 23 rebeldes, os talibãs exigem a retirada das tropas sul-coreanas do país, mas Seul respondeu que retirará as tropas no fim do ano, como estava previsto.
Os reféns são missionários da Igreja da Comunidade Saemmul em Bundang, ao sul de Seul, que viajaram ao Afeganistão em missão humanitária ( leia mais).

Os sul-coreanos formam o maior grupo de estrangeiros seqüestrado pelos insurgentes desde a queda do regime talibã, em 2001.

O Governo de Seul tem cerca de 200 homens no território afegão, todos eles dedicados a tarefas de reconstrução. 
(Texto também contém informações das agênciasYonhap e ANS)

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