Portas Abertas • 31 jul 2007
O reverendo Adamu Sunday Peni, vice- presidente da Associação Cristã da Nigéria, do Estado de Kebbi, afirma que além da pressão para que as pessoas se convertam ao islã e a discriminação sofrida pelos cristãos, um dos principais problemas enfrentados no país é a falta de terras para a construção de igrejas.
“Na cidade de Gwandu não há um único lugar para se adorar a Deus, apesar de existir uma comunidade cristã, porque as autoridades impedem a construção de igrejas”, disse ao Compass o reverendo Adamu que também é pastor da União Missionária de Igrejas para a África.
“Na cidade de Aliero, os cristãos são forçados a viajarem todos os domingos para a cidade de Jega, para participarem de cultos, porque eles não têm um lugar apropriado”, disse ele.
“Mesmo que nós consigamos um terreno para construir a igreja, os muçulmanos que estão no governo não nos permitem construir no lugar”, explicou outro reverendo, Nuhu Mamman.
Autoridades
"Quando as autoridades concedem a permissão para a construção de igrejas, tempos depois eles declaram nossas estruturas ilegais e criam motivos para demolir nossos lugares de adoração”, disse Nuhu.
Em outros casos, os locais de culto e adoração acabam incendiados pelos extremistas. Por isso é ainda mais difícil encontrar um local para que os ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo possam se reunir.
Em 1994, uma ação de extremistas islâmicos na cidade de Jega incendiou igrejas e matou cristãos. Em 2005, houve um outro ataque.
“Eles deixaram nossas igrejas em cinzas e um dos nossos membros, Ayuba Mamman, foi morto”, contou Adamu Peni.
O reverendo Nuhu Mamman contou também que em 2005 houve um ataque de extremistas islâmicos na cidade de Kangiwa que destruiu uma das poucas igrejas.
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