Portas Abertas • 4 ago 2007
A crise humanitária em Darfur, no Sudão está ficando pior. A violência, o deslocamento de pessoas e a incerteza quanto ao futuro estão crescendo. De acordo com o Rose Kimeu, da Visão Mundial, "a situação é desesperadora”. “Está pior do que já esteve antes. Eu visitei quatro acampamentos em que eu já tinha ido no ano passado e agora eles estão cheios, a ponto de não se poder levar mais pessoas. A luta é permanente."
Segundo Rose Kimeu, a Visão mundial teve que ampliar os locais de distribuição de comida. "Ano passado distribuíamos em 22 locais, mas só este ano já aumentamos para 38 de forma a acomodar o fluxo de novas pessoas."
Os cristãos, diz Rose, têm mantido o compromisso de ajudar em Darfur. "Nós agradecemos a oportunidade que Deus nos deu para poder mostrar para as pessoas de Darfur o amor de Cristo. Diariamente nosso pessoal arrisca a própria vida quando sai para a comunidade. Nós tivemos muitos ataques em nossos carros e em nosso pessoal."
A Visão mundial não tem nenhuma intenção de deixar Darfur. Aquele compromisso é um grande testemunho a estas vítimas, diz ela. "Nós mesmos somos as mãos e os pés de Jesus. Necessitamos urgentemente das suas orações para que Deus nos proteja e nos permita a mostrar o amor de Jesus pelo que eles fazem."
Histórias comoventes
Rose diz que as histórias são comoventes. "Eles agarram os filhos e correm para salvar suas vidas. Como estão correndo a pé, tentam encontrar um meio de transporte que normalmente é um caminhão e que inevitavelmente os deixará em um campo para refugiados."
Muitas mulheres e crianças passam dias a pé na esperança de conseguir uma carona.
Rose trabalhou em muitas áreas da África ao longo de sua carreira e disse que esta é a pior situação que já viu. "O que faz isto pior é que não está terminando. É contínuo".
Cotidiano difícil
"Diariamente as pessoas são deslocadas, mais pessoas estão morrendo e a pior parte disto é que as pessoas que são muito afetadas são as mulheres e crianças inocentes. Eles estão espremidos no meio de uma guerra."
Segundo ela, há uma perspectiva de desastre iminente. “Nós calculamos que pelo menos quatro milhões de pessoas estão em uma necessidade desesperadora de apoio humanitário. Falta água, comida, serviços de saúde e nutrição especial para as crianças. E, além disso, nós temos dois milhões que estão sendo forçados a fugir por uma questão de sobrevivência e este número está aumentando. Nós sabemos de longe que 200 mil pessoas já morreram”.
O conflito em Darfur explodiu em fevereiro de 2003, quando dois grupos rebeldes da região se rebelaram contra o Governo de Cartum pela marginalização que sofriam e o controle dos recursos naturais.
Leia o texto completo, em inglês, no MNN.
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