Portas Abertas • 10 set 2007
A Igreja Católica na Venezuela está preocupada com a possibilidade de ter confiscadas as suas escolas e hospitais, na sequência da reforma constitucional promovida pelo presidente Hugo Chávez.
O novo texto da Constituição, aprovado no mês de agosto, abre caminho para a nacionalização dos sistemas de saúde e educativo.
"Espero estar enganado quando penso que este seja o próximo passo a ser dado pelo Governo", disse o diretor de uma escola católica, à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Falando sob anonimato, por motivos de segurança, este diretor que também é padre, revela que sua ação no nível escolar tem estado cada vez mais sob ameaça.
Alerta aos evangélicos
Segundo ele, o Estado exerce uma pressão crescente sobre as matérias de ensino e as insituições escolares são obrigadas a utilizar manuais aprovados pelo regime e destinados à "antidoutrinação".
A Igreja queixa-se também das campanhas que visam denegrir a imagem dos cristãos, em especial os ataques de Chávez a altas figuras da hierarquia venezuelana, num tom cada vez mais agressivo.
Javier Legorreta, um dos especialistas da AIS para a América Latina, assegura que no país há uma "ameaça crescente" à vida e missão da Igreja. "Seguimos a situação muito de perto e estamos profundamente preocupados", assegura.
O alerta da AIS foi lançado para os católicos, mas também, deve ser observado pelos protestantes, visto que o tratamento dado por este Governo é o mesmo para todas as religiões cristãs.
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