Portas Abertas • 13 set 2007
O jejum de Ramadã, um dos cinco pilares do islamismo, é o período mais sagrado para 1,2 bilhão de mulçumanos. O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico. O feriado oficialmente começa antes do alvorecer da noite, ao primeiro sinal da lua crescente.
Para os mulçumanos, o Ramadã é o mês em que os primeiros versos do Alcorão foram revelados ao profeta Maomé pelo arcanjo Gabriel.
Neste mês, durante o dia, os mulçumanos são proibidos de comer, beber e ter relações sexuais. É também um tempo de afirmar a crença de que há apenas um Deus e de se dedicar à oração diária, à caridade e à peregrinação à Meca.
O Ramadã é, no entanto, uma prática religiosa obrigatória, não importa onde o mulçumano viva.
Mulçumanos no ocidente irão consequentemente celebrar o Ramadã exatamente do mesmo jeito que os mulçumanos do Oriente Médio, da Ásia Central ou de qualquer outra parte do mundo.
No coração dos mulçumanos, o islã é muito mais do que uma religião, é uma cultura.
Mesmo que ambiente, país e até fuso horário possam diferir, os rituais da cultura sempre serão os mesmos. O Ramadã é, portanto um período que une todos os mulçumanos por todo o planeta, e é um tempo de “despertar espiritual” para os que professam essa mesma religião.
Oportunidade e desafio
Conseqüentemente, esse mês representa tanto uma oportunidade como um desafio. Por um lado, ele cria a oportunidade de apresentar o “caminho, a verdade e a vida” para mulçumanos que vivem em países onde o evangelho é livremente disponível.
Por outro lado, no entanto, apresenta grandes ameaças, principalmente para os cristãos que vivem em países onde o cristianismo é visto com inimigo. Como crentes no ocidente, nós temos uma dupla responsabilidade:
• Em países onde os mulçumanos são minoria, as oportunidades são muitas. Primeiro, nós precisamos interceder pelos mulçumanos que se consagram de tal forma, para que eles conheçam o verdadeiro Deus. Depois, precisamos apresentar Cristo por meio de nossas vidas, de tal maneira que nos tornemos a resposta de nossas próprias orações;
• Em países onde os cristãos são minoria, os desafios são enormes. Durante o Ramadã, os cristãos geralmente se tornam o alvo de mulçumanos fundamentalistas, que desejam externar sua dedicação a Alá.
A perseguição aumenta, e temos de interceder por aqueles que vivem sobre a opressão do islamismo, para que permaneçam fiéis e continuem a ser testemunhas, mesmo em face à morte. Eles serão a resposta de nossas orações nas regiões que ainda somos incapazes de alcançar.
Independente do lugar, o espírito do islamismo permanece o mesmo. Independente da nação, a nossa resposta também será a mesma:
“As armas com as quais lutamos não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (2 Coríntios 10.4).
Mike Burnard, diretor de desenvolvimento da Open Doors International
Veja pedidos de oração e outros artigos na página Ore pelos cristãos durante o Ramadã
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