Portas Abertas • 21 set 2007
Em resposta aos ataques à Igreja protestante Batak, no último dia 2 de setembro (leia mais), o maior partido político cristão local solicitou uma discussão pública. Durante a reunião, o ministro executivo da Igreja Indonésia, pastor Gomor Gultom, disse que o país está enfrentando seis problemas sérios que requer atenção e solução imediatas.
“Primeiro, nós vemos o governo e funcionários de segurança que desenvolvem um hábito de ignorar os ataques à igreja. Em alguns casos piores, funcionários apoiaram o movimento, enquanto declararam que uma residência foi impropriamente usada como lugar de adoração", explicou.
“Segundo, que nossa Constituição garante os direitos religiosos, mas as autoridades têm falhado na tarefa de protegê-los."
Terceiro, disse ele, “a comunidade indonésia é muito sectária e radical em assuntos religiosos”.
Quarto, “as pessoas fazem justiça com as próprias mãos, castigando por meios violentosos que quebram a lei civil ou religiosa”.
Quinto, “os ataques à igreja aconteceram debaixo do pretexto de democracia, com o princípio de que a vontade da maioria prevalece sobre a minoria, como se vê em comunidades em que muçulmanos e cristãos vivem juntos”.
Por último, de acordo com pastor Gomor, “acreditam esses que defendem o encerramento de igrejas que tais ataques são baseados na lei, seja ela islâmica ou direito civil”.
"É um motivo de preocupação quando eles pensam que os ataques a igrejas estão dentro da lei", disse ele.
Uma série de fechamentos de igreja precedeu o incidente em Tangerang. No início de 2007, cerca de 20 igrejas e centros de adoração foram violentamente fechados em Java Ocidental e Central.