Portas Abertas • 26 nov 2007
O julgamento de sete pessoas acusadas de assassinarem três empregados da livraria protestante da editora Zirve, em Malatya oriental, na Turquia, em abril deste ano, foi adiado para o dia 14 de janeiro.
Duas das vítimas, Necati Aydin, pastor de 36 anos, e Ugur Yuksel, de 32 anos, eram muçulmanos turcos que se converteram ao cristianismo. O terceiro homem,Tilmann Geske, de 46 anos, era cidadão alemão.
Os advogados de defesa pediram mais tempo para preparar a defesa deles. Representantes da Alemanha, União Européia e Estados Unidos, bem como o líder espiritual da Igreja de Diyarbakýr e dono da livraria, Ahmet Güvener, estiveram presentes na audiência.
Orhan Kemal Cengiz, um dos advogados que representam os três cristãos martirizados, advertiu que uma campanha de linchamento foi iniciada pela mídia local, que segundo ele, está recebendo informações privilegiadas do caso e proferindo acusações infundadas contra as vítimas ( leia mais).
O advogado solicitou que a acusação de homicídio seja substituída por genocídio porque mais de uma pessoa foi morta no ato terrorista (entenda o caso).
A imprensa local noticiou que quatro agressores admitiram durante o início do interrogatório que foram motivados por "sentimentos nacionalistas religiosos".
"Nós fizemos isso pelo nosso país", afirmaram os cinco em um comunicado enviado ao canal de TV "D". "Eles estavam atacando nossa religião", alegaram.