Crianças refugiadas do Iraque conseguem bolsa escolar

Quase cem crianças iraquianas receberão recursos nesse ano de organizações cristãs na tentativa de garantir educação. De acordo com a Impressa Batista Associada (ABP), milhões de iraquianos deixaram o país em direção à Jordânia e Síria para ficar longe de violência que assola o Iraque.

A maioria chegou somente com os pertences, e poucos conseguem emprego para arcar com as despesas básicas, muito menos educação. Até esse ano, crianças refugiadas não podiam nem comparecer à escolas públicas na Jordânia.

"Toda a vez que eu visito uma família iraquiana, pergunto sobre a última vez que os filhos estiveram na escola" diz Rod Green, coordenador do Ministério de Compaixão Nazareno (NCM, sigla em inglês). "E a resposta mais comum é dois ou três anos".

A Escola Nazarena Ashrafiya, em Amman, na Jordânia, localizada num bairro onde muitos iraquianos refugiados moram, aceitou cerca de 100 estudantes nesse ano. Recebeu mais de US$ 18 mil de mantenedores do exterior que enviaram recursos financeiros para a educação.

Rod Green diz que a assistência à educação vem através de vários ministérios tais como NCM Chil Sponsorship e Special Nazarene Donations, bem como a Cooperative Baptist Fellowship (CBF), que de acordo com ao ABP, doou mais de U" 8 mil à escola e a instituições cristãs.

Green também informa que o envio de suprimentos pela NCM aos estudantes chegou recentemente na Jordânia. Isso ajudará os estudantes do Iraque no início do segundo semestre. "Muitas crianças iraquianas estariam ociosas sem ajuda", disse Green à ABP.

Crianças beneficiadas

Butros e Miriam são dois estudantes iraquianos. Depois que os bombardeios começaram na capital iraquiana Bagdá e depois que seu pai foi solto de um seqüestro, os dois fugiram para a Jordânia em 2003. A família encontrou renovo na igreja Nazareno e educação na escola.

"As crianças e suas famílias fugiram de suas casas por causa da guerra" disse ele. "Nós devemos segui-los onde quer que estejam para deixá-los fora do perigo", disse David Harding, coordenador internacional da CBF para desastres.