Príncipe saudita ordena a libertação de cristãos

Portas Abertas • 6 nov 2003


Dois cristãos egípcios presos há 12 dias por liderarem uma igreja doméstica foram soltos na manhã de terça-feira (4/11) por ordem do príncipe Sultan bin Abdul Aziz Al-Saud.

Sabry Awad Gayed, um pediatra que trabalhava numa clínica em El Bat´ha há quatro anos, e Eskander Guirguis Eskandar, que trabalhava como carpinteiro, foram detidos no dia 25 de outubro acusados de estabelecer um local de culto não-muçulmano.

No dia da detenção deles, sabe-se que a polícia saudita questionou por que os dois e o irmão de Eskandar tinham três Bíblias em seu poder. Cada um de nós tem sua própria Bíblia, os homens explicaram.

Depois de registrados numa delegacia de polícia local, os dois homens foram encarcerados. Quando levados à presença do promotor, foram informados que estavam sendo acusados de evangelismo e estabelecer um local de culto não-muçulmano. Entretanto, as autoridades não apresentaram provas de nenhuma das acusações.

Os dois cristãos coptas reuniam-se em segredo para cultuar nas casas com outros cristãos estrangeiros desde que arrumaram emprego na Arábia Saudita.

Há dois anos, a igreja doméstica deles foi investigada por uma organização muçulmana que os questionou por que eles ficavam em casa e não iam às orações das sextas-feiras. Quando o grupo que fazia a vigilância descobriu que as 150 pessoas que se reuniam eram todas cristãs, as deixaram sozinhas.

Após ter recebido uma queixa por escrito de que dois egípcios haviam sido encarcerados por nenhuma razão aparente, o príncipe Sultan, ao que se sabe, pediu para ver o processo na terça-feira (4/11). O príncipe é o Segundo Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa.

Apenas uma semana antes da detenção de Gayed e Eskandar, o príncipe Sultan foi questionado por jornalistas, interessados em saber se o governo saudita planejava permitir que os americanos construíssem igrejas no Reino.

Segundo o jornal oficial de Riad, o príncipe teria respondido: Não haverá construção de igreja em território saudita. Mas todos têm a liberdade de prestar culto em sua própria casa.

De acordo com a esposa de Gayed, Dra. Salwa Khalil, seu marido e Eskandar foram tratados de maneira respeitosa pela polícia saudita durante o tempo em que estiveram presos.

Pude telefonar para Sabry quase todos os dias pelo telefone celular de algum amigo que o visitasse, disse ela, e a polícia permitia que ele respondesse. Ela está atualmente no Cairo com as duas filhas pequenas.

Não ficou esclarecido se as autoridades sauditas planejam permitir que os dois coptas continuem com seus contratos de trabalho, ou se irão deportar os homens de volta para o Egito.

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