Portas Abertas • 24 ago 2008
O grupo pelos direitos da imprensa Repórteres Sem Fronteiras afirmou no sábado que os Jogos Olímpicos foram um desastre para a liberdade de expressão na China.
Num comunicado, o grupo baseado em Paris afirmou que a China aplicou restrições às ações de ativistas de direitos humanos, pró-Tibete e alguns jornalistas estrangeiros.
O porta-voz do grupo, Benoit Hervieu, afirmou à Reuters que não espera que a Olimpíada de Pequim (Beijing) ajude os direitos humanos na China.
A ONG Repórteres Sem Fronteira afirmou que 47 ativistas pró-Tibete foram presos e que pelo menos 50 ativistas pelos direitos humanos foram colocados sob prisão domiciliar, ameaçados ou forçados a deixar Pequim durante os jogos ( veja o caso de ativistas cristãos).
Pelo menos 15 cidadãos chineses foram presos por tentarem conseguir autorização para protestar, acrescentou o grupo.
Hervieu afirmou que não houve agressão física a jornalistas, mas repórteres foram ameaçados por policiais para que não cobrissem determinados eventos.
John Ray, jornalista da ITN britânica, foi detido por policiais ao tentar cobrir um protesto pró-Tibete.
O secretário-geral do grupo Repórteres Sem Fronteira, Robert Menard, afirmou em comunicado que o tratamento a jornalistas durante os Jogos de Pequim teve um sabor amargo.
"Essa repressão será lembrada como uma das principais características dos Jogos de Pequim."