Portas Abertas • 11 nov 2008
Professores da Universidade de al-Azhar no Egito, a mais prestigiosa instituição islâmica sunita, se opõem à matrícula de estudantes cristãos, a fim de preservar a identidade islâmica da mais antiga universidade teológica do mundo.
De acordo com o canal de TV al-Arabiya, Hussein Eweida, representante dos professores de al-Azhar, disse que eles irão propor uma reunião com docentes locais e estrangeiros para apresentar as resoluções para o presidente Hosni Mubarak.
Eles alegam que a Lei 103 estabelece que apenas muçulmanos que fizeram o ensino médio nas escolas da al-Azhar ou os que já tem grau universitário podem entrar na universidade sunita. Estudantes muçulmanos de outras instituições, com alto nível de aprendizagem, também podem ingressar, depois de fazer testes.
"Vamos perguntar aos nossos irmãos cristãos se eles vão admitir estudantes muçulmanos em seus seminários. A resposta será negativa, sendo que há regras que não permitem o ingresso de muçulmanos", disse Eweida.
Um advogado cristão copta, Mamdouh Nakhla, entrou com uma ação contra a al-Azhar por não aceitar estudantes, e a chamou de “universidade inconstitucional” devido à discriminação entre estudantes cristãos e muçulmanos.
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