Portas Abertas • 15 dez 2008
No simpósio do mês passado sobre as igrejas não registradas, autoridades governamentais indagaram órgãos, estudiosos do Estado e de universidades, pesquisadores independentes e uma delegação inédita de seis líderes de igrejas não registradas de Pequim, Henan e Wenzhou
Na inovadora conferência, os participantes discutiram cada aspecto do movimento da Igreja não registrada na China.
A conferência patrocinada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento das Minorias do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Conselho do Estado da China, e pelo Instituto de Pesquisa de Ciências Sociais e Soluções Pacíficas de Pequim. O simpósio era intitulado “Cristianismo e Harmonia Social: um seminário sobre as igrejas não registradas chinesas”.
As estatísticas foram o assunto principal, com maior concordância de que o número de membros de igrejas não registradas era enorme e crescia rapidamente. Estimativas variam de 50 milhões a 100 milhões de membros de igrejas protestantes não registradas, em comparação aos quase 20 milhões de membros das igrejas registradas.
Os representantes foram ousados em sua discussão e crítica sobre a política religiosa da China, e muitos apresentaram planos práticos para a abolição de instituições como a Administração Estatal para Assuntos Religiosos (ex-Comitê de Assuntos Religiosos) e o protestante Movimento Patriótico das Três Autonomias.
Eles também pediram por discussões sérias e contínuas entre o governo e as igrejas não registradas. Os líderes cristãos solicitaram que se suspendesse a proibição das igrejas não registradas e que se revisassem as restrições para registro de igrejas e nomeação de pastores.
Muitos participantes concordaram que o gerenciamento democrático das igrejas não registradas em concordância com a legislação foi um passo lógico para alinhas a política religiosa à aberta política econômica chinesa.
Enquanto alguns setores da liderança podem receber de bom grado essas sugestões, espera-se que outros, incrustados no sistema ateísta do Partido Comunista, impeçam tais reformas.
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