Portas Abertas • 7 fev 2009
Um tribunal turco apontou um novo suspeito pelo assassinato de cristãos em Malatya (saiba mais). Sete jovens já estão sendo julgados pela morte do missionário alemão Tilmann Geske e dos convertidos Necati Aydin e Ugur Yuksel nos escritórios da editora Zerve. Os três foram encontrados com a garganta cortada.
O novo suspeito, Varol Bulent Aral, é acusado de “ser o líder de uma organização terrorista” e “cometer assassinatos como parte das atividades da organização”.
As acusações vêm do grupo que já está na prisão. Cinco homens foram até a editora sob o pretexto de querer conversar sobre o cristianismo, e então amarraram os missionários, questionaram sobre suas atividades, os torturaram e cortaram as gargantas dos três. A editora já havia recebido ameaças e seus funcionários pediram proteção policial.
Durante o julgamento que começou em novembro de 2007, o promotor público acusou os réus de “criarem uma organização terrorista para impor suas convicções a outros”. Ele pediu prisão perpétua para cinco deles. Os outros dois suspeitos podem pegar um ano por terem ajudado os assassinos.
Na época, muitos intelectuais turcos culpavam a imprensa e os políticos ultranacionalistas pelo incidente, por terem enfatizado o “perigo cristão”, o qual – na opinião deles – é um resultado das numerosas conversões do islã. Na realidade, de acordo com o ministério de assuntos nacionais, entre 1999 e 2001, de um total de 70 milhões de pessoas, 344 muçulmanos foram batizados.
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