Portas Abertas • 30 out 2009
Três homens mascarados, pertencentes a um grupo islâmico na Somália, balearam e mataram uma cristã que se recusou a usar véu, como é requerido pelos costumes muçulmanos.
Integrantes do grupo relativamente “moderado” Suna Waljameca mataram Amina Muse Ali, 45, no dia 19 de outubro, em sua residência em Galkayo, na região autônoma de Puntland. Foi o que informou uma fonte local.
Amina disse aos líderes cristãos que havia recebido diversas ameaças de integrantes do Suna Waljameca por não usar véu, um símbolo do islamismo. Ela disse que os membros do grupo estavam monitorando seus movimentos porque suspeitavam que ela era cristã.
A fonte conta que Amina ligou no dia 4 de outubro dizendo: “Minha vida está em perigo. Fui alertada que enfrentaria graves consequências se continuasse a viver sem o véu. Eu preciso das orações dos meus irmãos”.
“Eu fiquei chocado quando soube que ela havia sido morta. Gostaria de tê-la levado para minha casa. Perdemos uma cristã muito servil”, disse a fonte.
Amina foi de Galkayo para Jilib, a 90 quilômetros de Kismayo, em 2007. Ela foi para Puntland em resposta ao convite de uma amiga, Saynab Warsame, do clã de Darod, quando o grupo extremista al Shabaab invadiu Kismayo. Warsame nasceu lá e morou em Jilib, mas se mudou para Puntland quando a guerra começou em 1991.
Não se sabe se a amiga tinha conhecimento sobre a conversão de Amina ao cristianismo. “Ela não deveria saber, porque não era cristã.”
Em 1997, Amina, órfã e solteira, entrou para a Associação de irmãos cristãos somalis e era membro de uma igreja não registrada na região de Lower Juba.
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