Portas Abertas • 11 dez 2009
A ficha de direitos humanos da Coreia do Norte passará por uma análise profunda na Organização das Nações Unidas, enquanto o país enfrenta a “inspeção“ periódica universal, no Conselho de Direitos Humanos.
No inquérito, a Christian Solidarity Worldwide (CSW) apresentou evidências de diversas violações de direitos humanos no país e pediu para que o representante de Direitos Humanos República popular da Coreia (DPRK) visite o país. CSW exigiu o “fim das execuções e abusos contra a liberdade e a segurança” do povo norte-coreano, e concluiu que “é um caso prioritário de crimes contra a humanidade, e há indicadores de genocídio”. O “sistema governamental estritamente hierárquico da Coreia do Norte” indica que “a liderança política, e em particular o líder Kim Jong-il, será o responsável”.
Em uma carta para o promotor do Tribunal Criminal Internacional, 150 pessoas que sofreram nas mãos do regime norte-coreano afirmaram: “Alguns de nós que assinamos este documento fomos deportados ou excluídos do convívio social, sem nenhum processo judicial e nenhuma notificação para nossos familiares ou amigos sobre o nosso paradeiro, em lugares onde somos privados de nossa liberdade física. E onde somos sujeitados a trabalhos forçados que podem ser classificados como escravidão. Alguns companheiros nossos morreram de desnutrição, fome e doenças. Testemunhamos nossos companheiros sendo agredidos por não cumprirem seu período de trabalho.”
O diretor executivo da CSW, Mervyn Thomas, disse: “A ficha de direitos humanos da Coreia do Norte é, sem dúvidas, uma das piores do mundo, se não for a pior. Está na hora desses crimes serem investigados por uma comissão da ONU, para que a justiça seja feita”.
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