"Só queremos continuar vivos", afirmam cristãos iraquianos

| 22/02/2010 - 00:00


A agência International Christian Concern (ICC) pede que os cristãos iraquianos votem na próxima eleição geral no dia 7 de março, devido ao aumento da forte violência muçulmana contra eles.

Na semana passada, militantes muçulmanos assassinaram cinco cristãos iraquianos em uma tentativa de desencorajar os cristãos a votarem nas eleições. As mortes ocorreram em incidentes isolados na cidade de Mosul. Líderes cristãos locais acusaram as forças de segurança iraquianas de falhar em proteger a comunidade cristã.

Chocados com os ataques, os cristãos estão menos preocupados com seu direito de votar, e mais preocupados com sua segurança pessoal. “Não queremos eleições, não queremos representantes, não queremos nossos direitos. Só queremos continuar vivos”, disse Baasil Abdul Noor, pastor na igreja Mar Behnam, próxima a Mosul.

Entretanto, Juliana Taimoorazy, presidente do Grupo de socorro para os cristãos indianos, disse que os cristãos no Iraque devem permanecer firmes e proteger seus direitos. “Desde a queda de Saddam, tivemos apenas um representante administrativo para as minorias no Parlamento. Essa é a nossa chance de garantir novos lugares, mas, para fazer isso, precisamos votar”, ela diz. “Essa é a nossa terra, e temos direitos como qualquer muçulmano. Eu encorajo os cristãos iraquianos em todo o mundo a participar dessas eleições históricas”.

Em uma entrevista, um integrante do Parlamento iraquiano e o secretário geral do movimento democrático assírio, Yonadam Kanna, disse que “Há cinco assentos reservados para os cristãos no parlamento. Além desses, pode-se acrescentar outros cinco se houver votos suficientes. Cada voto é valioso nessas eleições”.

Aidan Clay, diretor regional do ICC no Oriente Médio, afirma: “Se os cristãos iraquianos não votarem nessa eleição, então os direitos das minorias não serão reconhecidos, e a sobrevivência do cristianismo no Iraque será ditada pelo sectarismo radical. Os cristãos iraquianos devem lutar e demonstrar coragem votando no dia 7 de março. O voto é o primeiro passo para que haja direitos iguais para as minorias no Iraque. Sem o voto dos cristãos, o Iraque não mudará, e muito sangue ainda será derramado”.


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