Portas Abertas • 19 mar 2010
De acordo com o grupo Human Rights Watch for Lao Religious Freedom (HRWLRF), oficiais no Sul do Laos planejam incendiar os abrigos temporários construídos pelos cristãos que foram exilados até que renunciem sua fé.
As autoridades, incluindo o responsável por questões religiosas, o chefe do distrito, a polícia e o líder do vilarejo Katin, no distrito de Ta-Oyl, expulsaram os 48 cristãos do local no dia 18 de janeiro.
Antes da expulsão, os oficiais invadiram um templo, destruíram casas e pertences, e exigiram que os cristãos renunciassem sua fé.
Abandonados para viver nas ruas, os cristãos começaram a construir abrigos temporários, e depois, casas permanentes na beira da selva. Eles continuaram com as obras até que o chefe do distrito, Khammun, foi até o local e exigiu que a construção fosse interrompida.
Mais oficiais chegaram no dia 18 de fevereiro e ordenaram que os cristãos parassem a construção, renunciassem sua fé, ou mudassem para outro lugar. Quando o grupo insistiu em permanecer como cristãos, os oficiais foram embora frustrados.
Na segunda-feira, 15 de março, Bounma, outro chefe de distrito, levou sete cristãos para o seu escritório.
Bounma afirmou que, apesar de a lei e a constituição do país assegurarem a liberdade de religião e crença, ele não permitiria práticas cristãs nas áreas sob sua jurisdição. Ele disse que, se os cristãos de Katin não abandonassem sua fé, eles deveriam se mudar para um distrito onde o cristianismo fosse tolerado.
Quando os cristãos pediram que ele apresentasse uma ordem de despejo legal, ele se recusou.
Depois, os cristãos souberam por fontes locais que os chefes de Katin e do vilarejo vizinho, Ta Loong, planejavam incendiar o abrigo temporário e as casas que estão parcialmente construídas.
Essas ameaças deixaram os cristãos em um dilema, pois é necessário apresentar uma permissão para mudar de distrito.
As crianças e os adultos do grupo estão sofrendo com a falta de abrigo e alimentação adequados.
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