Portas Abertas • 3 out 2010
O território de Zanzibar é formado por três ilhas: Unguja, a ilha principal, Tumbatu e Pemba. A capital de Unguja, chamada Cidade de Pedra, é patrimônio mundial da humanidade, tombada pela UNESCO.
Os colonizadores originais de Zanzibar foram africanos de fala banto. Os persas chegaram no século X. Mas foram os árabes, em particular os omanis, que tiveram a maior influência nas ilhas.
Eles fundaram colônias comerciais e, em 1832, o sultão omani moveu a capital de Moscatel para a cidade de Zanzibar, que se tornou o principal centro do tráfico escravo. Zanzibar passou, então, a ser um sultanato independente.
O tráfico de escravos foi abolido em 1873 e, em 1890, a Inglaterra declarou que o país era um protetorado seu. Em 1963, as ilhas recuperaram a independência, mas isso gerou muitos conflitos.
Em janeiro de 1964, a maioria africana derrubou a minoria árabe que formava a elite governante. A revolução esquerdista foi rápida, mas sangrenta: 17 mil pessoas morreram.
Uma república foi estabelecida. Em abril daquele ano, os presidentes de Zanzibar e Tanganica, no continente africano, assinaram um ato da união, formando a República Unida da Tanzânia, concedendo semi-autonomia a Zanzibar.
Sob pressão internacional, Zanzibar realizou eleições multipartidárias em 1995, que foram vencidas pelo partido governante, o Chama Cha Mapinduzi (CCM). A oposição Frente Unida Cívica (CUF) rejeitou o resultado e alegou fraude eleitoral, o que abriu novamente espaço para conflitos políticos.
O CCM venceu também as conturbadas eleições de 2000 e 2005, ambas caracterizadas por fraude e violência. Sob o regime do CCM, Zanzibar continua sendo parte da Tanzânia. O partido CUF, que conta com o apoio dos descendentes da elite árabe deposta, quer mais autonomia. Alguns querem independência da Tanzânia.
As ilhas de Zanzibar possuem seu próprio parlamento e presidente.
O turismo é a indústria mais nova e a maior de Zanzibar. Mas a maior parte da população ainda tem de encontrar uma forma de encontrar emprego e sustento com o turismo. O salário médio é menos de 1 dólar por dia.
A Igreja
Em 1844, os missionários e exploradores alemães Johann Krapf e Johan Rebmann chegaram à área como os representantes da Sociedade da Igreja Missionária, fundada na Inglaterra. Após eles, a Igreja Católica chegou ao país, na década de 1850.
Desde aquela época até hoje, a Igreja foi estabelecida, mas nunca cresceu. Isso aconteceu por causa da presença histórica do islã e do impulso missionário que é enfocado na Tanzânia, e não nas ilhas sob seu governo.
A ilha de Unguja tem apenas 25 igrejas. Em Tumbatu não há igrejas. Um pastor abriu uma escola tempos atrás, mas extremistas forçaram as autoridades da ilha a fechá-la. Há só quatro igrejas na ilha de Pemba, onde os cristãos sofrem a enorme opressão devido ao extremismo islâmico.
A perseguição
A principal fonte de perseguição tem sido o extremismo islâmico, presente em algumas da ilhas.
A ilha de Pemba possui 13 cadeiras do parlamento, e todos foram ocupados recentemente por membros do partido Frente Unida Cívica, cuja visão é fazer de Zanzibar um Estado islâmico, e levá-lo de volta à influência de um governo árabe.
A Igreja, em geral, enfrenta muitas lutas. Os cristãos têm dificuldades em registrar seus templos, comprar terrenos, receber educação e encontrar emprego. A evangelização dos muçulmanos ainda é extremamente difícil.
Em agosto de 2008, o xeique Hijah Mohammed, líder da uma importante mesquita em Chake-Chake, capital de Pemba, converteu-se ao cristianismo.
A notícia de sua conversão espalhou-se. Alguns muçulmanos começaram a procurá-lo, uma vez que a sharia (lei islâmica) exige a morte para quem abandona o islamismo. Uma igreja Assembleia de Deus em Pemba rapidamente o escondeu no vilarejo de Chuini, a 20 quilômetros do aeroporto.
Boatos sobre o esconderijo vazaram aos muçulmanos, obrigando a igreja a levar Hijah a outro local. Porém, dessa vez, os líderes da igreja não revelaram para onde o levaram. Ainda não se tem mais notícias sobre Hijah.
Motivos de Oração
1. Os líderes cristãos têm dificuldades em trabalhar juntos. Ore para que haja respeito entre os diferentes líderes, e para que isso traga crescimento e unidade para a Igreja em Zanzibar.
2. Muitos líderes cristãos vão a Zanzibar para evangelizar, mas não têm condições de ficarem lá por muito tempo. Peça a Deus para levantar pessoas que sustentem esses evangelistas e suas famílias.
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